Fortaleza é a segunda capital do Nordeste que mais vende imóveis
Fortaleza também aparece com o segundo maior custo por metro quadrado da região. Dados foram divulgados nesta quinta-feira, 13, pela Brain Inteligência Estratégica
15:27 | Jul. 13, 2023
Fortaleza foi a segunda capital nordestina que mais vendeu unidades residenciais entre abril de 2022 e março de 2023. No período, foram vendidos 6.406 imóveis em toda a cidade, ficando atrás apenas de Salvador, que vendeu 7.983.
Os dados são da Brain Inteligência Estratégica e foram divulgados nesta quinta-feira, 13, em webinar realizado com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) sobre as expectativas do mercado imobiliário na região Nordeste.
Além das vendas, a cidade cearense também se destacou em lançamentos, sendo a capital do Nordeste que mais lançou imóveis. Foram 7.115 novos empreendimentos disponibilizados, superando os 6.719 da capital baiana.
Por outro lado Fortaleza também aparece com o segundo maior custo por metro quadrado da região, com o valor médio de R$ 9.701 por m², ficando acima da média do Nordeste, que é de R$ 7.758, e sendo mais barato apenas que o preço em Maceió, que é de R$ 10.537.
Por estados, o Ceará aparece como terceiro com mais unidades residenciais vendidas entre abril de 2022 e março de 2023. Segundo a Brain divulgou em maio, foram 10.638 imóveis vendidos no Estado, atrás apenas da Bahia e Pernambuco.
As unidades residenciais mais populares no Ceará são as de dois quartos. Mais da metade das ofertas, 65,4%, são nesse modelo.
No primeiro trimestre deste ano, as vendas de imóveis no Nordeste representaram apenas 11,7% do que foi vendido em todo o Brasil. Já em lançamentos, a região corresponde a 13,1%.
Participaram do webinar diversos nomes do mercado imobiliário brasileiro, como o presidente da Arainc, Luiz França; o CEO da Brain Inteligência Estratégica, Fábio Tadeu Araújo; a diretora de incorporação da Marquise, Andrea Coelho; o CEO da Moura Dubeux, Diego Vilar; o CEO da Diagonal, João Ximenes Fiuza, o CEO da Stanza, Luciano Barreto Neto, e o presidente da Jotanunes, Paulo Nunes.
A expectativa do setor é de que o mercado imobiliário tenha uma grande alta durante o decorrer de 2023, puxado pelo crescimento econômico no Brasil e, no Nordeste, esse avanço deve ser ainda mais considerável devido ao novo Minha Casa, Minha Vida (MCMV), como disse o presidente da Jotanunes, Paulo Nunes.
"Com o novo MCMV houve mais uma melhora na curva de subsídio e na taxa de juros para a nossa região, e isso veio ajudar a recuperar o volume de atividade que nós tínhamos. A gente vem recompondo os resultados. A aplicação está sendo muito pontual e isso vai dar uma capacidade de compra maior e dar uma perspectiva muito melhor para as empresas", disse.
Fábio Tadeu Araújo, CEO da Brain, destacou que os índices do País estão melhores do que os previstos e o mercado deve sentir isso nos próximos meses: "Desde 1º de maio, o mercado vive um otimismo melhor do que nos últimos seis meses. As pautas começam a andar e surge uma expectativa positiva de que as coisas vão funcionar", completou.