Mercado passa a apoiar Haddad, diz pesquisa da Genial/Quaest
Além disso, outras questões como reforma tributária, cenário econômico e Petrobras, fizeram parte do levantamento; saiba detalhesO ministro da Fazenda, Fernando Haddad, conseguiu uma avaliação positiva sobre o seu trabalho, que disparou de 26% em maio para 65% em julho.
A proporção dos que consideram o trabalho de Haddad negativo passou de 37% para 11%, enquanto os que dão avaliação regular ao ministro diminuíram de 37% para 24%.
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Os dados são da pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 12.
Para 23% dos entrevistados, o fortalecimento do ministro da Fazenda é o principal fator por trás da última rodada de melhora dos ativos domésticos - atrás apenas do movimento dos mercados internacionais, citado por 32%.
Mais 20% mencionaram a atuação do Congresso e outros 20%, a atuação do Banco Central. Apenas 3% citaram medidas do governo Lula como razão para o desempenho.
Contudo, apesar da melhora na aprovação do governo entre maio e julho, a grande maioria do mercado (95%) continua avaliando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como pouco ou nada confiável.
As parcelas dos que consideram o chefe do Executivo mais ou menos confiável (4%) e muito confiável (1%) também ficaram estáveis no período.
Reforma tributária
Em relação ao assunto que está em pauta na última semana, a maioria do mercado avalia que a reforma tributária deverá aumentar a geração de empregos no País e melhorar os resultados da indústria.
Em contrapartida, espera-se uma piora dos resultados dos setores de comércio e serviços. Para 66%, a reforma tributária deve aumentar o bem-estar das pessoas, enquanto 34% veem diminuição.
Além disso, a proporção do mercado financeiro que vê a política econômica do País na direção correta saltou de 10% em maio para 47% em junho. A razão dos que veem a política econômica na direção errada desceu de 90% para 53% no período.
Essa mudança captura o período de aprovação da reforma tributária pela Câmara dos Deputados na última sexta-feira, 7, já que as entrevistas para a pesquisa foram conduzidas entre os dias 6 e 10 de julho.
Inflação
Já proporção dos que avaliam que o governo está preocupado com o controle da inflação avançou de 20% em maio para 34% em julho, enquanto a parcela dos que não veem essa preocupação recuou de 80% para 66%.
O mercado também melhorou a avaliação sobre o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, com alta na parcela que o considera muito confiável (67% para 72%) e queda dos que o consideram pouco ou nada confiável (10% para 6%).
A razão dos que consideram o chefe da autoridade monetária mais ou menos confiável ficou estável em 22%.
Expectativa do mercado financeiro
O levantamento mostra ainda uma disparada na proporção dos que esperam que a economia melhore em um período de 12 meses à frente, de 13% em maio para 53% em julho.
A parcela que espera piora da economia caiu de 61% para 21% no período, enquanto os que esperam que a economia fique do mesmo jeito permaneceram estáveis, em 26%.
A proporção do mercado financeiro que avalia positivamente o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva saltou de 2% em maio para 20% em julho. No período, a avaliação negativa sobre o governo caiu de 86% para 44%, e a avaliação regular subiu de 12% para 36%.
Para 45% do mercado, a falta de uma política fiscal que funcione é o principal entrave à melhora da economia, enquanto 21% citaram a baixa escolaridade e produtividade da população.
Outros fatores citados foram "interesses eleitorais" (19%), taxa de juros alta (11%), medo da inflação (1%) e alto desemprego (1%).
Imagem do Brasil no exterior
Ao todo, 51% dos entrevistados consideram que a imagem do Brasil no exterior melhorou desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto 29% afirmam que ficou igual e 20%, que piorou.
Fora que, o número dos que esperam aumento dos investimentos externos no País saltou de 26% em maio para 54% em julho, contra redução dos que esperam estabilidade (51% para 39%) e diminuição (23% para 7%).
Cenário político eleitoral
A pesquisa detalhou ainda como está sendo avaliado o cenário político para as próximas eleições.
A maioria do mercado diz que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deveria apoiar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se ele próprio não puder se candidatar à Presidência da República em 2026.
No dia 30 de junho, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou Bolsonaro inelegível até 2030.
A proporção dos que defendem que o ex-presidente apoie o governador de São Paulo cresceu de 66% para 74% entre maio e julho, segundo o levantamento.
Em segundo lugar aparece o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), mas a porcentagem dos que defendem apoio a ele caiu de 25% para 19% no período.
Já os que consideram que o ex-presidente deveria apoiar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), seu filho, caiu de 3% a 0% entre maio e julho. A outra parte, que advogam apoio à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, ficaram estáveis, em 1%.
Outros 5% defendem que ele não apoie nenhum desses.
Preços da Petrobras
A maioria do mercado, cerca de 97%, vê influência política na política de preços da Petrobras. Apenas 3% dos entrevistados afirmaram não ver interferência no tema.
Para 63%, a mudança da política de preços da estatal foi negativa, enquanto 31% a consideraram regular e 6%, positiva.
A pesquisa fez 94 entrevistas com fundos de investimento sediados nos Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro entre os dias 6 e 10 de julho.
A amostra considerou 47% de gestores, 31% de economistas, 14% de traders, 5% de analistas e 3% de pessoas com outros cargos.
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