Mais de 4 mil empregos a beneficiários do Bolsa Família são prospectados no Ceará

Primeira dama Lia Freitas disse ao O POVO que a expectativa é de que o Ceará supere outros estados do Nordeste em geração de vagas com o "Bem Social"

13:23 | Jul. 10, 2023

Por: Lennon Costa
Lia de Freitas, primeira dama do Estado, participou de evento na Fiec que agraciou empresas cearenses com selo ESG (foto: FÁBIO LIMA)

O Governo Federal e o Governo do Ceará vão lançar, no dia 20 de julho, o programa Bem Social no Estado. A iniciativa tem como objetivo inserir beneficiários do Bolsa Família no mercado de trabalho, com expectativa de superar quatro mil vagas de emprego por parte da gestão estadual.

O anúncio foi feito pela primeira dama do Estado do Ceará, Lia Freitas, na cerimônia de entrega de certificações ESG para três empresas cearenses, realizada na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). Na ocasião, ela convidou as empresas presentes a ofertarem vagas para o programa.

Segundo Lia, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, vem ao Ceará para o lançamento, que já conta com algumas empresas cadastradas, citando o Grupo Mateus, Carrefour e Coca-Cola como exemplos.

"Estamos agora em busca de empresas cearenses. A gente tem o decorrer da semana para ter um retorno desses setores de RH, mas sem expectativa de quantas vagas a gente pode atingir", disse a primeira dama, acrescentando que espera que o Ceará passe à frente de estados que já implementaram o Bem Social.

"Piauí, Paraíba e Maranhão já estão com esse programa, com call center contratando 4 mil pessoas. Não sei se eu vou conseguir passar a meta deles, mas a gente quer garantir o máximo de número de vagas, e o governador Elmano tem viajado para conseguir essas parcerias para o nosso Estado", complementou.

No lançamento realizado no Piauí, em 14 de junho, Wellington Dias explicou que a carteira de trabalho dá mais estabilidade e renda para as família, e que o desejo de promover o emprego digno é prioridade, em especial aqueles que oferecem direitos trabalhistas e melhores salários.

Além do programa Bem Social, o Governo também está trabalhando no Aprender e Empreender, onde os beneficiários passarão por uma qualificação para montar os próprios negócios.

Vale destacar que o benefício do Bolsa Família somente será descontinuado se a renda por pessoa de uma determinada família permanecer abaixo de R$ 218.

Por exemplo: se o trabalhador receber um salário mínimo pelo programa (R$ 1.320), mas a família for constituída por sete pessoas sem trabalho, a renda mensal continuará abaixo do valor mínimo e ele continua inserido no programa.

Em caso de demissão ou falência, este se forem empreendedores, está previsto retorno automático ao Bolsa Família.

O Bem Social

O Bem Social havia sido anunciado por Wellington Dias e pelo presidente Lula no lançamento do Bolsa Família, no dia 2 de março. Na ocasião, o ministro informou que o Governo iria agir integrado com o setor público e privado para liderar uma rede de inclusão socioeconômica.

"O Bolsa Família não é só transferência de renda. Nós vamos trabalhar em cada oportunidade de emprego e empreendedorismo, e vamos estar preparando essas pessoas em idade de trabalhar no Cadastro Único para que elas tenham uma oportunidade", disse.

Quem está no Bolsa Família quer conseguir um emprego?

Para se ter ideia da empregabilidade do público do Bolsa Família, O POVO publicou reportagem, no dia 21 de junho, mostrando que, no Ceará, 268.549 pessoas que, em 2005, eram filhos de beneficiários do programa, estavam no mercado formal de emprego, na fase adulta, entre os anos de 2015 e 2019.

O número representa 39% do total de contemplados na primeira leva do programa. Os dados são de um estudo feito pelo Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS), a partir do cruzamento de dados do programa com as informações da Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

Além disso, o estudo mostra ainda que 24% deles permaneceram na Rais por três anos ou mais. Os resultados no Estado são melhores do que os da região Nordeste como um todo, que apresentou como médias 37% acessando em algum momento e 23% permanecendo três anos ou mais.

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