Cesta básica da Grande Fortaleza fica mais barata em junho
O salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas em junho deveria ter sido de R$ 6.578,41
13:10 | Jul. 06, 2023
A cesta básica da Grande Fortaleza registrou deflação de 1,71% em junho, com a queda dos preços de 7 dos 12 produtos que a compõem.
O valor que o trabalhador que recebe um salário mínimo (R$ 1.320) desembolsa para comprar a cesta básica é de R$ 661,16. Além disso, ele desprende 110h e 11 minutos de sua jornada de trabalho mensal para essa finalidade.
Se considerar uma família padrão (2 adultos e 2 crianças), o custo para comprar os 12 produtos fica em R$ 1.983,48.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 6 de julho, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), e apontam que o trabalhador fortalezense quer recebe o piso nacional comprometeu 54,15% do seu salário para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta.
As variações semestral e anual da cesta básica em Fortaleza foram, respectivamente, de 1,10% e 0,63%. Ou seja, a alimentação mínima em junho de 2023 (R$ 661,16) está mais cara do que em dezembro de 2022 (R$ 653,99) e mais cara do que em junho de 2022 (R$ 657).
Veja como variaram os preços dos produtos em junho
Maiores baixas
- Óleo (-8,96%)
- Feijão (-8,56%)
- Carne (-3,90%)
Maiores altas
- Açúcar (7,64%)
- Manteiga (1,02%)
- Pão (0,42%)
Salário mínimo necessário para manutenção de família de 4 pessoas
O Dieese aponta ainda que o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas em junho deveria ter sido de R$ 6.578,41 ou 4,98 vezes o mínimo de R$ 1.320.
Em maio, o valor era de R$ 6.652,09 e correspondeu a 5,04 vezes o piso mínimo. Em junho de 2022 deveria ter ficado em R$ 6.527,67 ou 5,39 vezes o valor vigente na época, que era R$ 1.212.
Como se comportaram os preços da cesta básica no País
Na passagem dos meses de maio para junho de 2023, as quedas mais importantes no preço da cesta básica ocorreram em Goiânia (-5,04%), Brasília (-2,29%) e Vitória (-2,08%).
Por outro lado, as maiores altas foram observadas em Recife (5,79%), Natal (5%), João Pessoa (4,12%), Aracaju (2,41%), Campo Grande (0,84%), Florianópolis (0,84%) e Salvador (0,26%).
O custo dos 12 produtos de alimentação básica foi maior em São Paulo (R$ 783,05), seguido de Porto Alegre (R$ 773,56), Florianópolis (R$ 771,54) e do Rio de Janeiro (R$ 741).
Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 567,11), Salvador (R$ 595,84) e João Pessoa (R$ 604,89).
Mas, na comparação dos valores da cesta entre junho de 2022 e junho de 2023, 13 capitais tiveram aumento de preços, indo de 0,63%, em Fortaleza, e 4,37%, em Belém. As quedas foram registradas em Brasília (-1,58%), Goiânia (-0,70%) e Vitória (-0,22%), sendo Curitiba, considerada com estabilidade (-0,01%).
Já no primeiro semestre do ano, o custo da cesta básica aumentou em 10 cidades, principalmente em Recife (9,92%), Aracaju (8,84%) e Natal (8,20%). Mas recuos foram foram vistos principalmente em Belo Horizonte (-5,79%) e em São Paulo (-1,04%).
Veja um resumo do resultado da cesta básica em Fortaleza, em junho
- Valor da cesta: R$ 661,16
- Variação mensal: -1,71%
- Variação em 6 meses: 1,10%
- Variação em 12 meses: 0,63%
- Jornada necessária para comprar a cesta básica: 110 horas e 11 minutos
- Produtos com altas em relação ao mês anterior: açúcar (7,64%), manteiga (1,02%), pão (0,42%) e leite (0,16%)
- Produtos com reduções em relação ao mês anterior: óleo (-8,96%), feijão (-8,56%), carne (-3,90%), banana (-2,04%), café (-1,00%), farinha (-0,79%) e arroz (-0,70%)
- Produtos sem alterações em relação ao mês anterior: tomate (0%)
- Percentual do salário mínimo líquido (R$ 1.221) para compra dos produtos da cesta básica na capital: 54,15%
- R$ 6.578,41 é o salário mínimo necessário para uma família com 4 pessoas, o que corresponde a 4,98 vezes o mínimo vigente, de R$ 1.320