Petroleiros suspendem greve contra a venda da Lubnor

Trabalhadores conseguiram avanços importantes e decidiram pela suspensão da paralisação

O Sindicato dos Petroleiros do Ceará e Piauí (Sindipetro-CE/PI) suspendeu a greve iniciada no dia 27 de junho, contra a venda da Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor) para a Grepar Participações.

O Sindipetro informou que a proposta recebida trouxe melhorias em saúde, reposição de efetivo, segurança e relações de trabalho. E com os avanços, a maioria da Diretoria voltou a consultar a categoria para avaliar se o diálogo e avanços conquistados seriam suficientes para suspender a greve no momento.

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De acordo com o presidente do Sindipetro-CE/PI, Fernandes Neto, o que desencadeou a entrada na greve foi que o sindicato não estava conseguindo dialogar e ter um retorno acerca do processo pela Petrobras, Governo Federal e Estadual.

"A categoria comprou essa briga, aprovou a greve com quase 90% em assembleia e a gente iniciou a greve no dia 27. Mas aí antes mesmo de iniciarmos a greve, a gente já teve um retorno, que era o que a gente precisava, e a gente conseguiu a visibilidade que a gente também estava precisando para o caso", disse.

Fernandes disse ainda que o processo de venda da Lubnor, que estava para o dia 1º de julho foi postergado para 1º de agosto, e foi avaliado de que a suspensão da greve, neste momento, era a condição mais correta. 

Assim, por maioria dos votos os petroleiros do Ceará aprovaram em assembleia realizada na entrada da refinaria, a suspensão do movimento grevista na manhã dessa quinta-feira, 29.

O Sindipetro esclarece, no entanto, que vai seguir lutando contra a privatização da refinaria. Confira a nota abaixo.

Veja a nota do Sindepetro-CE/PI na íntegra

"O Sindipetro CE/PI vem agradecer ao apoio de todos os Sindipetros, sindicatos parceiros, petroleiros e movimentos sociais empenhados na defesa da Lubnor. Os petroleiros cearenses mostraram sua força, disposição de luta e enfrentamento ao iniciar sua greve com grande adesão e com corte de rendição do turno em 27/06/2023.

Mesmo antes do início do movimento, já colhíamos os frutos advindos da aprovação da greve. Importantes reuniões foram destravadas, onde pudemos expor ao Governo Federal as mazelas e irregularidades da privatização da Lubnor aprovada por Bolsonaro em maio/2022. Temos esperança que frente às denúncias, conseguiremos ajuda para frustrar a venda da refinaria cearense pela negociação política ou mesmo pela Justiça.

Nos reunimos em processo de negociação sindical com a Companhia em 28/06 com representantes do Refino e Relações Sindicais onde após muito diálogo, avançamos em vários pontos da pauta de greve e conseguimos o abono dos dias parados. Deixamos claro para os representantes da companhia, que somente a interrupção do processo de privatização da Lubnor poderia sanar definitivamente os problemas relacionados a precarização das condições de trabalho e redução dos investimentos por estar fora do plano de negócios.

Com a carta compromisso em mãos enviada pelo RH, propondo melhorias em aspectos de saúde, reposição de efetivo, segurança e relações de trabalho, a maioria da diretoria achou por bem consultar a categoria para avaliar se o diálogo e avanços conquistados seriam suficientes para suspender a greve nesse momento. Os petroleiros do Ceará aprovaram em assembleia realizada na entrada da refinaria, por maioria dos votos, a suspensão do movimento grevista na manhã do dia 29/06/2023.

Esclarecemos que a luta não terminou. A greve está suspensa, mas continuamos em estado de greve e retornaremos ainda mais fortes, caso a Petrobras continue a avançar no processo de desinvestimento da Lubnor. Temos elementos suficientes para crer que esse processo pode ser cancelado pela apropriação indébita do terreno da prefeitura, desclassificação do consórcio pela mudança do perfil do consórcio comprador ou por uma das ações judiciais e populares propostas.

A Diretoria da Petrobras e o Governo Lula deveriam pensar na Lubnor do futuro, inclusa na transição energética como uma biorefinaria. Temos localização privilegiada e estratégica, ausência de concorrentes e a Petrobras tem avançado nos testes de adição de até 24% de biodiesel no combustível marítimo, reduzindo assim as emissões de efeito estufa. A Petrobras é muito importante para o povo cearense e precisa ficar no Ceará!"

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