Redução da Petrobras não deve baratear gasolina no Ceará, diz Sindipostos
De acordo com o sindicato, essa queda não tem nenhuma relação com o preço do varejo, porque a Petrobras não é mais um monopólio no refino da gasolina no BrasilA Petrobras reduziu o preço da gasolina em R$ 0,13 para as distribuidoras, mas essa baixa não deve chegar ao consumidor final no Ceará. Foi o que disse o assessor de economia do Sindipostos, Antonio José, em fala à Rádio O POVO CBN.
Segundo ele, essa queda não tem nenhuma relação com o preço do varejo, porque a Petrobras não é mais um monopólio no refino da gasolina no Brasil. E aqui no Ceará, o que vai determinar o preço é a concorrência local, entre as distribuidoras e o do mercado internacional.
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"Aqui no Ceará, por exemplo, hoje a predominância não é nem gasolina vinda dessa distribuidora (Petrobras), a grande maioria, em torno de 35% a 40% é importado e dessas refinarias aqui do Nordeste", disse.
Em vistoria em alguns postos na manhã desta sexta-feira, 16, os preços não tiveram alteração frente aos que eram praticados na quinta-feira, 15.
Petrobras projeta baixa para o consumidor
Em nota, a Petrobras afirmou que mantidas as parcelas referentes aos demais agentes, conforme a pesquisa de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio ao consumidor final poderia atingir o valor de R$ 5,33 por litro.
De acordo com o levantamento semanal da ANP, na semana de 4 a 10 de junho, o preço médio da gasolina subiu 4%, para R$ 5,42 por litro.
O aumento refletiu a mudança no ICMS a partir deste mês, que passou a ser cobrado em uma única etapa da cadeia, e com uma alíquota uniforme e fixa por litro de gasolina, de R$ 1,22.
Antes, a alíquota era um porcentual por litro, que variava de 17% a 23%, a depender do Estado. No Ceará era de 20%.
Apesar deste movimento, no Estado, houve um ligeiro recuo nos preços. Na semana encerrada no dia 10 de junho, o preço médio da gasolina comercializado nos postos de combustíveis cearenses era de R$ 5,37. Mas poderia ser encontrado com valores entre R$ 4,99 e R$ 6,06.
Na semana imediatamente anterior o preço médio estava em R$ 5,39, enquanto a mínima era de R$ 5,15 e a máxima de 5,89, de acordo com levantamento da ANP.
Há um mês, a gasolina custava, em média, R$ 5,87 no Estado. Ou seja, houve uma variação negativa nos preços de 8,51%. Ainda assim, o percentual está aquém das reduções feitas pela Petrobras nas refinarias no mesmo comparativo.
A Petrobras afirmou que, na formação de seus preços, busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente.
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(Com Agência Estado)