Com reajuste de energia, Grande Fortaleza tem maior inflação do País

No ano, o IPCA da região no Ceará acumula alta de 3,10% e, nos últimos 12 meses, de 3,16%, abaixo dos 4,03% observados nos 12 meses anteriores

A Grande Fortaleza teve o maior índice inflacionário do País para o mês de maio deste ano. O impacto mais importante veio do grupo habitação (1,22%), que teve peso do reajuste de 4,85%, a partir de 22 de abril, da energia elétrica residencial (3,71%). 

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio da Capital e Região Metropolitana foi igual à taxa de abril, de 0,56%. O maior resultado do Brasil foi seguido pelo de Belo Horizonte (0,48%) e Recife (0,41%).

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No ano, o IPCA da região no Ceará acumula alta de 3,10% e, nos últimos 12 meses, de 3,16%, abaixo dos 4,03% observados nos 12 meses anteriores. Em maio de 2022 a variação havia sido de 1,41%.

Veja o que inflacionou em Fortaleza e Região Metropolitana

Em maio, sete dos nove grupos pesquisados pelo IBGE tiveram alta. Como já informado, habitação teve tanto maiores impacto (0,20 p.p.) e variação (1,22%).

Na sequência veio o grupo alimentação e bebidas (0,49%), com variações elevadas nos preços do maracujá (9,58%), tomate (8,33%) e açúcares e derivados (5,34%).

Já despesas pessoais (1,14%) contribuíram com peso de 0,08 p.p, com destaque para alta de 12,18% nos jogos de azar, após reajuste médio de 15% no valor das apostas, a partir de 30 de abril.

Além disso, neste grupo, cinema, teatro e concertos (2,94%), alimento para animais (0,85%) e empregado doméstico (0,24%) também registraram elevação em maio.

Os recuos na Grande Fortaleza foram observados nos grupos transportes (-0,01%), principalmente pelo impacto de transportes públicos (-0,99%) e combustíveis veiculares (-0,44%), e no grupo artigos de residência (-0,64%), com recuo em TV, som e informática (-1,66).

Os demais ficaram estáveis, entre o 0,04% de educação e o 0,96% de saúde e cuidados pessoais.

Como é calculada a inflação?

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 29 de abril e 29 de maio de 2023 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de março a 28 de abril de 2023 (base).

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Inflação no Brasil

No Brasil, a alta de 0,23% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em maio foi o menor resultado desde setembro de 2022, quando houve recuo de 0,29%.

Considerando apenas meses de maio, o IPCA foi o mais baixo para o mês desde 2020, quando houve redução de 0,38%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O desempenho do índice mensal voltou a desacelerar a taxa acumulada em 12 meses. No mês de maio de 2022, o IPCA tinha sido de 0,47%. Em abril de 2023, o índice apresentou variação de 0,61%.

Como consequência, a taxa em 12 meses passou de 4,18% em abril de 2023 para 3,94% em maio de 2023. Este resultado foi o mais baixo desde outubro de 2020, quando estava em 3,92%.

A meta de inflação para este ano perseguida pelo Banco Central é de 3,25%, que tem teto de tolerância de 4,75%.

A taxa acumulada pela inflação medida pelo IPCA no ano até maio ficou em 2,95%, de acordo com o IBGE. (Com Agência Estado)

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