52,7% dos trabalhadores do Ceará estão na informalidade, revela IBGE
Ceará é o quinto estado do Brasil com maior porcentagem de trabalhadores sem carteira assinadaMais da metade da população do Ceará que possui alguma ocupação está na informalidade. É o que revela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua trimestral coletada nos meses de janeiro a março de 2023, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento mostra que o Estado possui 3,5 milhões de pessoas ocupadas, sendo 1,8 milhões delas informalmente, o que representa 52,6% de trabalhadores fora do regime formal. A porcentagem coloca o Ceará com o terceiro maior índice do Nordeste e quinto do Brasil.
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O índice de informalidade no Estado teve um aumento de 2,6% comparado ao igual período do ano passado, mas registrou queda de 6% se comparado ao trimestre imediatamente anterior, de outubro a dezembro de 2022.
Conforme explicou Helder Rocha, chefe da Disseminação das Informações do IBGE, existem cinco variáveis que vão compor o que é chamado de informalidade pelo instituto.
- Empregado do setor privado sem carteira de trabalho assinada;
- Trabalhador doméstico sem carteira de trabalho assinada;
- Empreendedor que não é cadastrado com CNPJ;
- Trabalhador que leva o próprio negócio autônomo sem CNPJ;
- Trabalhador familiar auxiliar em algum estabelecimento comercial ou atividade comercial da família.
Helder analisou que a informalidade no Ceará é proporcional ao número de trabalhadores sem carteira de trabalho nas empresas privadas, e comparou o número com os dados do Brasil, pois nacionalmente os trabalhadores informais representam 39% do número de pessoas com alguma ocupação.
"Enquanto do Brasil, você tem uma proporção de pessoas no setor privado sem carteira de 13,1% (em relação ao número total de pessoas ocupadas), aqui no Ceará no setor privado sem carteira de trabalho a proporção é de praticamente 20%, ou seja, sete pontos percentuais acima do que você verifica nível nacional", disse.
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