Hapvida anuncia venda de operação de ambulâncias por R$ 150 milhões

Segundo a empresa, a venda contribuirá para que a companhia priorize a estratégia de otimização de seus recursos para verticalização e integração com a NotreDame Intermédica

11:57 | Mai. 15, 2023

Por: Lennon Costa
A Hapvida informa que o modo da operação está em linha com sua estratégia de negócio. (foto: Falcão Junior/Hapvida)

Em comunicado ao mercado, a Hapvida anunciou a venda das operações da São Francisco Resgate (SF Resgate), subsidiária utilizada para transporte de pacientes, para a Elo Conservação e Manutenção de Infraestrutura. O valor da transação é ou enterprise value (valor de mercad da empresa) é de R$ 150 milhões.

A conclusão da transação está condicionada ao cumprimento de determinadas condições precedentes, conforme previstas no respectivo contrato, incluindo a aprovação prévia pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Segundo a empresa, a venda contribuirá para que a companhia priorize a estratégia de otimização de seus recursos para verticalização e integração com a NotreDame Intermédica.

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A SF Resgate tem uma frota com mais de 220 ambulâncias próprias e mais de 200 bases operacionais distribuídas em 165 cidades do país. O grupo possui 16 contratos de operação divididos entre concessões rodoviárias, o maior aeroporto brasileiro (Aeroporto de Guarulhos) e operações industriais.

"As ambulâncias da SF Resgate, objeto desta Transação, são de dedicação exclusiva aos contratos mencionados e, portanto, não prestam serviço ao Grupo Hapvida NotreDame Intermédica", informou a empresa.

Hapvida vem reajustando finanças

A Hapvida havia comunicado ao mercado em 13 de abril a realização de uma oferta de ações de mais de 395 milhões de títulos da empresa ao preço fixado de R$ 2,68 por papel, atingindo assim um montante de R$ 1,059 bilhão.

O objetivo dessa medida seria de ajudar a companhia a ajustar o balanço da empresa, que vem sofrendo impactos financeiros após grandes fusões.

A dívida líquida e o Ebitda ajustado da empresa chegou a 2,45 vezes no fim do ano passado e a dívida líquida a R$ 7 bilhões.

Além dos recursos captados com a oferta de ações, a companhia também irá arrecadar com um acordo em que a Família Pinheiro, controladora do Grupo, vai vender R$ 1,25 bilhão em 10 imóveis de sua propriedade para alugar para a própria companhia. O procedimento é chamado de sale & leaseback (SLB).

A previsão é de que o montante que será injetado pela família Pinheiro no grupo com essa operação é de R$ 1,61 bilhão.

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