Corredor de H2V entre Ceará e Roterdã pode ampliar exportações do Brasil em 10%

O lançamento ocorreu nesta quarta-feira, 10, em transmissão do Pecém para o World Hydrogen Summit 2023, na cidade holandesa

10:55 | Mai. 10, 2023

Por: Lennon Costa
CEARÁ e Países Baixos firmam parceria para impulsionar hub de hidrogênio verde no Porto do Pecém (foto: AURÉLIO ALVES)

O Corredor Marítimo de Hidrogênio Verde entre Ceará e Roterdã, nos Países Baixos, pode auxiliar no aumento de exportações brasileiras em até 10% com a Holanda. Foi o que disse o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, acrescentando que essa parceria é importante para fazer a transição energética mundial.

"As operações de Roterdã já são uma grande porta de entrada de commodities brasileiras e a parceria pode auxiliar no aumento de exportações brasileiras em até 10%, elevando aos dois dígitos", disse.

O lançamento ocorreu nesta quarta-feira, 10, em transmissão do Pecém para o World Hydrogen Summit 2023, na cidade holandesa.

Veja como foi o lançamento

Mark destacou ainda que o Brasil e a Holanda são parceiros naturais da transição energética, e que isso é um alicerce do futuro: "o Brasil entra com energias renováveis e os Países Baixos com a tecnologia portuária", completou.

Segundo o diretor internacional do Porto de Roterdã, René van der Plas, desde 2018, o potencial de crescimento do Porto do Pecém vem sendo reconhecido, e que agora, esse corredor de hidrogênio verde será um grande acelerador do desenvolvimento.

"Estamos prontos, em Roterdã, para receber e abastecer a Europa, fazendo a transição energética tão necessária", completou.

Além disso, ele diz que um dos desafios é garantir que o hidrogênio verde também beneficie a comunidade local, e que cada vez mais empresas e universidades devem se unir com o Porto do Pecém para fazer um "futuro melhor" para as pessoas que moram no Ceará.

Com investimentos de US$ 6 bilhões, a empresa Fortescue Furure Industries afirmou estar em fase de estudos e licenciamentos ambientais para que os 120 hectares que ela possui no Porto do Pecém
possam estar produzindo até 2026. Serão cinco mil toneladas de amônia verde por dia, na planta do Ceará.

O vice-presidente de operações do Porto do Pecém, Fábio Grandcham, demonstrou apoio dos esforços de descarbonização da Europa e pediu ajuda à Holanda para incentivar consumidores a fecharem contratos de compra no curto prazo.

Com informações de Beatriz Cavalcante e Paloma Vargas

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