Multiplay muda marca para Alares e planeja expansão na Grande Fortaleza
Com cerca de 120 mil clientes nas cidades de Fortaleza, Maracanaú, Caucaia, Pacatuba, Aquiraz e Eusébio, a empresa já planeja expansão na Região Metropolitana da CapitalA Multiplay vai mudar de nome para Alares e a empresa, que atua no Ceará para cerca de 120 mil clientes nas cidades de Fortaleza, Maracanaú, Caucaia, Pacatuba, Aquiraz e Eusébio já planeja expansão na Região Metropolitana da Capital.
Portanto, a partir do próximo mês a fatura dos cearenses começará a vir com o comunicado que Multiplay agora é Alares.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
O lançamento da mudança de marca da provedora de internet, TV por assinatura e telefonia fixa se dá efetivamente nesta quinta-feira, 13 de abril, passando para o nome do grupo do qual integra.
A ideia é unificar as marcas, como já acontece desde 2022 em São Paulo e Minas Gerais, onde a Alares também atua. Mas no Nordeste este processo inicia no Ceará, para depois partir para as outras praças de operação: Bahia, Rio Grande do Norte, Paraíba.
“No ano passado, a empresa contava com sete marcas comerciais em seis estados do Brasil. Em 2023, já unificamos cinco dessas marcas que agora operam com a marca Alares”, diz Denis Ferreira, CEO da Alares.
Isso porque, desde 2015, a companhia adquiriu 18 provedores de acesso à internet via fibra óptica, com operações em mais de 100 cidades dos estados onde atua.
No Ceará, um dos principais investimentos da Alares foi a sobreposição da rede de fibra óptica sobre a rede antiga de cabos, conforme explica Denis, em entrevista exclusiva ao O POVO. Além disso, apostam em evolução do portfólio oferecido ao cliente e devem agregar mais streamings contratados.
E apesar de o carro-chefe da provedora ser o plano de 500 mega, em Fortaleza o CEO detalha que o maior consumo é para o de 650 mega, por R$ 99,99 mês e oferta de 650 mega de download, 325 mega de upload, Wi-fi grátis e acesso a plataformas Skeelo Audiobook, revistas, Mini Conte Outra Vez, Leveduca, Paramount+ e McAfee.
Em relação ao mercado cearense, a fatia de participação (market share) da Alares é de 16% e, nas praças onde atua, o comportamento do consumidor é de uso de dados mais para os streamings. "Tudo que é colocado na rede hoje é muito audiovisual", frisa Denis.
"Fortaleza é um dos mercados mais competitivos do Brasil e a Região Metropolitana da Cidade", diz o executivo, destacando como vantagem competitiva os 16 cabos submarinos desembarcando ou partindo da orla da Capital.
"Por isso, temos o plano de entrar em algumas outras localidades onde ainda não entramos com fibra na RMF", acrescenta Denis, sem detalhar os municípios.
Como tem controle do fundo norte-americano com foco em tecnologia, Grain Management, alguns dados estratégicos somente são divulgados por meio de comunicado ao mercado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Em relação a emprego, Denis disse que sempre estão contratando, mas que 30% dos em torno de 2 mil colaboradores da Alares estão no Ceará, além de 1/4 da base de clientes.
Para Fortaleza, há ainda uma vaga aberta no programa de trainee da Alares. "A gente está sempre contratando, sempre abertos. Nossos colaboradores, callcenter, vendas, de campo são próprios, uma parte muito pequena é terceirizada. É uma decisão estratégica nossa ter funcionários nossos desde a aquisição e tem treinamentos e plano de cargos e carreiras".
Utilização dos postes
Sobre a utilização dos postes pelas empresas, Denis frisa que a empresa trabalha com postes regularizados e que esse é um assunto "bastante crítico" para o mercado.
Como companhia fazem parte da Associação de Operadores de TV por Assinatura, Provedores de Internet, Fornecedores de Soluções e Serviços (Associação Neo), Associação Brasileira das Prestadoras de Serviço de Telecomunicações Competitivas (Telcomp) e Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint).
Em posicionamento, a Abrint, por exemplo, defende o aperfeiçoamento da lógica de compartilhamento dos postes.
Os dados da entidade são que existem cerca de 45 milhões a 50 milhões de postes no Brasil, sendo 10 milhões com problemas de ocupação que precisam ser corrigidos, devido a ocupação clandestina, cabos ociosos de operadoras e ocupação fora de norma.
Conforme a Abrint, as concessionárias de energia não estavam prontas para a ocupação de novos entrantes que ocorreu devido ao crescimento do números de provedores (ISPs), em conjunto com a falta de fiscalização e desinteresse dos órgãos fiscalizadoras, os problemas aumentaram.
Então, Denis corrobora com o posicionamento das entidades e diz que a solução para o compartilhamento de postes é uma maior organização desse uso. Já sobre se cabeamento subterrâneo seria viável, ele frisa que não, pois "é extremamente custoso e inviabiliza o investimento. O aéreo é muito mais viável economicamente falando."
Já quando questionado sobre os danos aos fios e como isso prejudica o setor, ele detalha que não existe o furto da fibra. O que há é o vandalismo dos fios, pois não há a diferenciação do tipo de cabo.
Portfólio ESG da Alares
Dentre os programas com foco ambiental, social e de governança (ESG ou ASG), o CEO da Alares destaca o programa de tratamento de sucatas feito pela empresa, com doação para que as comunidades possam revender.
"Temos trabalhado também progrma de saúde mental, que começou internamente, mas vai expandir para fora", diz.
Acrescenta ainda o programa primeiro emprego, com possibilidades nas diversas áreas da empresa.
Além disso, Denis diz que lançaram em março, no mês da mulher, meta para aumentar o número de mulheres na Alares. Especificamente em cargos executivos é ter pelo menos 50% da liderança formada por mulheres, buscando equiparação.
Conheça a Alares
Alares é uma operadora independente de serviços de telecomunicações, que fornece serviços de acesso à Internet e prometem alta velocidade, principalmente via fibra óptica, assim como TV por assinatura, telefonia fixa e dados.
Reúne quase 2 mil colaboradores e atua em mais de 100 cidades de seis estados brasileiros – Ceará, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Paraíba e Bahia.
Tem uma rede de mais de 13,7 mil km de fibra óptica de alta qualidade, com cobertura para conectar a mais de 1,7 milhão de lares, atendendo mais de 508 mil clientes, sendo metade disso no Nordeste e 1/4 da base no Ceará.
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