Cesta básica em Fortaleza tem quarta maior deflação, segundo o Dieese

Ainda assim é a cesta básica mais cara dentre as seis capitais do Nordeste incluídas no estudo, com custo estimado de R$ 647,92 no mês

Em março de 2023, o conjunto dos 12 produtos que compõem a cesta básica em Fortaleza registrou uma deflação de 3,49%. Foi o quarto maior recuo dentre as 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Atrás apenas da observada em Recife (-4,65%), Belo Horizonte (-3,72%) e Brasília (-3,67%). 

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Ainda assim é a cesta básica mais cara dentre as seis capitais do Nordeste incluídas no estudo, com custo estimado de R$ 647,92 no mês. Em seguida aparecem: Natal (R$ 615,03); Salvador (R$ 591,40); João Pessoa (R$ 579,57); Recife (R$ 578,73) e Aracaju (R$ 546,14).  

Nove dos 12 itens da cesta teve redução de preço

Dos 12 produtos da cesta básica de Fortaleza, houve redução em nove no mês de março. Destaque para deflação no preço do tomate (-17%), no óleo (-4,57%) e no leite (-3,88%).

Os únicos produtos a registrarem altas em seus preços foram a farinha (4,41%), feijão (2,45%) e o pão (1,48%).

De acordo com a pesquisa, considerando o valor e tomando como base o salário mínimo vigente no país de R$ 1.302, pode-se dizer que o trabalhador teve que desprender 109 h e 29 minutos de sua jornada de trabalho mensal para essa finalidade.

O gasto com alimentação de uma família padrão (2 adultos e 2 crianças) foi de R$ 1.943,76.

Cesta compromete 53,80% do salário

Comparando o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), o trabalhador comprometeu 53,80% do seu salário para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta.

No semestre, o custo da cesta básica acumula alta de 4,36%. Em setembro do ano passado, o valor era estimado em R$ 620,87. Em março de 2022, o custo era de R$ 635,02. Alta de 2,03%. 

Na série de 12 meses, dos produtos que compõem a Cesta Básica, quatro itens apresentaram reduções nos preços, dos quais, destacam-se: o tomate (-22,07%) e o óleo (-15,04%). Os itens que apresentaram as maiores elevações em seus preços foram: a farinha (41,42%), o leite (23,06%) e o pão (18,54%).

Brasil

No Brasil, o valor do conjunto dos alimentos básicos caiu em 13 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese. As elevações foram observadas em Porto Alegre (0,65%), São Paulo (0,37%), Belém
(0,24%) e Curitiba (0,13%).

São Paulo é onde os consumidores mais têm de gastar com cesta básica (R$ 782,23). Em seguida, aparecem: Porto Alegre (R$ 746,12), Florianópolis (R$ 742,23), Rio de Janeiro (R$ 735,62) e Campo Grande (R$ 719,15).

Entre março de 2022 e março de 2023, a comparação dos valores mostrou que a cesta apresentou alta em 11 capitais e as maiores taxas ocorreram em Belém (13,42%), Natal (6,90%) e Salvador (5,53%). As reduções foram registradas em outras seis capitais, com destaque para a queda de 3,11%, em Curitiba.

Segundo o Dieese, em março, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro
pessoas deveria ter sido de R$ 6.571,52, ou 5,05 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.302. Em fevereiro, este valor era de R$ 6.547,58 e em março de 2022 de R$ 6.394,76, segundo o Dieese.

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