Reforma tributária talvez seja a votação mais difícil que governo terá no Congresso, diz Lula

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta quinta-feira, 6, que a reforma tributária deve ser a "votação mais difícil" que o governo terá no Congresso. Em café da manhã com jornalistas, Lula avaliou, no entanto, ter certeza que tanto as mudanças nos impostos quanto o novo arcabouço fiscal serão aprovados pelo Legislativo.

"A política tributária provavelmente seja a votação mais difícil que a gente vai ter no Congresso, porque vai mexer com o bolso", afirmou o presidente. "Se não for a reforma perfeita, que a gente consiga aprovar o mínimo necessário para que a gente consiga transformar o País mais justo no ponto de vista tributário", completou.

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Apesar da disputa de poder entre os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que emperrou as votações de medidas provisórias enviadas ao Congresso pelo Executivo, Lula disse que ainda não sentiu "nenhuma dificuldade" com o Congresso Nacional.

"Quando nem era presidente ainda, conseguimos aprovar a PEC da transição, que parecia impossível de ser aprovada. A base do governo ainda não foi testada ainda em nenhuma votação", completou Lula.

O presidente disse ainda que o governo continuará enviando medidas provisórias ao Congresso Nacional e que não pretende trocar ministros "a não ser que haja uma coisa importante".

A declaração foi dada a questionamentos sobre se o presidente pretendia fazer substituições para agradar partidos da base. "Estou muito tranquilo com a construção da união que fizemos", acrescentou.

Crédito

O presidente disse ainda 6, que discutirá uma política de crédito para o País após voltar da viagem à China, programada para a semana que vem.

"Não existe mágica na economia, não é possível você imaginar que um país do tamanho do Brasil você vai dar um cavalo de pau no que estava acontecendo e mudar radicalmente as coisas", completou Lula.

O presidente disse ainda que vai conversar com os chineses para aumentar os investimentos no Brasil, mas "não para comprar nossas empresas" e sim investir em novos empreendimentos.

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