Projeto de polo industrial é lançado em Maranguape e prevê gerar 2 mil empregos diretos

Seis empresas já assinaram protocolo de intenção para se instalar no local situado próximo à CE-065. Empreendimento deve comportar, pelo menos, 30 fábricas

16:11 | Mar. 11, 2023

Por: Adriano Queiroz
O governador do Ceará, Elmano de Freitas, e o prefeito de Maranguape, Átila Câmara, durante evento de lançamento do Maranguape Industrial Park (foto: FÁBIO LIMA)

Maranguape, na Grande Fortaleza, ganhará até 30 fábricas em um novo polo industrial do Estado, que foi lançado neste sábado, 11, em evento que contou com a presença do governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), entre outros representantes da classe política e da iniciativa privada. 

Intitulado Maranguape Industrial Park, o empreendimento será construído em um terreno com 47 hectares de área e tem previsão de gerar 2 mil empregos diretos.

Seis empresas já assinaram protocolo de intenção para integrar o complexo multissetorial, incluindo o Grupo Alyne Cosméticos. Outras seis empresas já estariam em vias de fazer o mesmo.

O projeto do polo é encabeçado pelo Centro Industrial do Ceará (CIC) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e executado com recursos do município de Maranguape (cerca de R$ 6 milhões) e do governo estadual (outros R$ 5 milhões).

A previsão é de que as obras comecem no segundo semestre e a estimativa é que esteja a 100% em cinco anos. Porém, em um ano, a partir do início das construções, já devem ser inauguradas as primeiras fábricas.

Cerca de R$ 9 milhões devem vir de investimentos privados. A ideia é que o complexo integre os mais diferentes segmentos, tais como o químico, o metal-mecânico e o de roupas e confecções. Este último deve atrair cerca de 20 empresas.

O governador Elmano exaltou a parceria com a prefeitura de Maranguape e, ao citar os programas de transferência de renda da União e do Estado, disse que a geração de empregos será o fator mais importante para tirar pessoas da linha da pobreza. “Nós imaginarmos que daqui a um tempo vamos olhar para cá (em referência ao terreno) e ver galpões de fábrica com duas mil pessoas trabalhando e vivendo com dignidade, comprando comida no comércio local”, projetou.

Ele destacou ainda a ideia do governo do Estado de investir em outros polos industriais no Ceará e buscar recursos também de fora do Brasil. “Nós temos polo calçadista e produção de energia solar no Interior e queremos a atração de empresas nas mais variados setores”, enfatizou, e acrescentou que deve integrar comitiva do governo federal que vai à China em busca de investimentos. “Vamos assinar memorandos lá também para trazer empresas de lá”, ressaltou.

Por sua vez, o prefeito de Maranguape, Átila Câmara (Solidariedade), lembrou que começou a idealizar o projeto do polo ainda em 2020, com a ideia de reativar a economia do município no pós-pandemia. “A minha primeira reunião foi antes de eu assumir o mandato, depois eu pedi o projeto à Fiec, que foi feito, daí começamos a procurar as empresas e o terreno, desapropriar, levantar os recursos com apoio da Câmara e do governo do Estado”, explicou.

“Agora a gente entra na fase de licitação e na sequência as obra de infraestrutura, mas a gente já quer começar a implantação das empresas em paralelo. Já tem muita gente querendo chegar junto aqui da nossa cidade. É a maior conquista econômica da história Maranguape”, comemorou o prefeito.

Já o presidente do CIC, Marcos Soares, citou o polo de Guaiuba como exemplo do modelo que deve ser seguido em Maranguape e disse já ter conversações com os municípios de Maracanaú e Redenção para implantação de novos polos multissetoriais.

Sobre a geração de empregos, o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Ceará (SIMEC), Sampaio Filho, afirmou que dos dois mil empregos diretos previstos, cerca de 800 virão desse segmento.

Por fim, o presidente do Sindicato das Indústrias Químicas do Estado do Ceará (Sindquímica), Paulo Gurgel, também comparou o polo de Maranguape ao de Guaiúba e estimou que o novo complexo deve estar funcionando plenamente em cinco anos.

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