Custo da cesta básica cai 1,25% em Fortaleza, mas ainda é o mais caro do NE
Valor total dos 12 itens mais básicos da cesta de consumo dos fortalezenses foi estimado em R$ 671,32 em fevereiro, segundo o Dieese. Valor corresponde a 55,74% do salário mínimoO custo da cesta básica registrou queda de 1,25% na Região Metropolitana de Fortaleza no mês de fevereiro. De acordo com a pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a baixa no preço de 10 dos 12 itens, fizeram com que o trabalhador tivesse de desembolsar, em média, R$ 671,32 pelos itens. É a mais cara dentre as cidades do Nordeste pesquisadas.
No mês imediatamente anterior, esse valor era estimado em R$ 679,81 na Grande Fortaleza. Os dados divulgados nesta quinta-feira, 9, mostram, contudo, que no comparativo com a cesta básica de fevereiro de 2022, cotada em R$ 609,60, a alta é de 10,12%.
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Gasto com cesta básica compromete 55,74% do salário mínimo
Segundo o Dieese, tomando como base o salário mínimo vigente no País de R$ 1.302,00 (valor correspondente a uma jornada mensal de trabalho de 220 horas), pode-se dizer que, na Grande Fortaleza, o trabalhador teve que desprender 113h e 26 minutos de sua jornada de trabalho mensal para essa finalidade.
O gasto com alimentação de uma família padrão (2 adultos e 2 crianças) foi de R$ 2.013,96.
Comparando o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), verifica-se que o trabalhador fortalezense remunerado pelo piso nacional comprometeu, em fevereiro de 2023, 55,74% do seu salário para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta.
Confira o sobe e desce dos preços
Em fevereiro, a deflação nos preços da cesta básica foi influenciada, principalmente, pela queda no preço da banana (-3,48%), do tomate (-2,16%) e do óleo (-2,08%). Os únicos produtos a registrarem altas em seus preços foram o arroz (0,66%) e o pão (0,44%).
No semestre, dos produtos que compõem a Cesta Básica, os que sofreram maiores reduções nos preços foram o leite (-21,37%), o óleo (-8,20%) e o açúcar (-4,11%). Seis itens apresentaram elevações nos preços, dos quais, destacam-se o tomate (70,62%), a farinha (30,11%) e o arroz (10,02%).
Enquanto que, na série de 12 meses, o único item a apresentar redução no preço foi a carne (-1,54%). Já os vilões dos preços foram: a farinha (42,07%), o leite (27,52%) e o pão (20,44%).
Custo cai em 13 das 17 capitais pesquisadas
O valor do conjunto dos alimentos básicos diminuiu em 13 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese. Na passagem de janeiro para fevereiro deste ano, as reduções mais importantes ocorreram em Belo Horizonte (-3,97%), Rio de Janeiro (-3,15%), Campo Grande (-3,12%) e Curitiba (-2,34%) e Vitória
(-2,34%).
Já as elevações foram observadas em quatro capitais: Belém (1,25%), Natal (0,64%), Salvador (0,34%) e João Pessoa (0,01%).
De acordo com o levantamento do Dieese, São Paulo tem a cesta básica mais cara do Brasil (R$ 779,38). Em seguida aparecem Florianópolis (R$ 746,95), Rio de Janeiro (R$ 745,96) e Porto Alegre (R$ 741,30).
Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 552,97), Salvador (R$ 596,88) e João Pessoa (R$ 600,10).
A comparação dos valores da cesta, entre fevereiro de 2022 e fevereiro de 2023, mostrou que todas as capitais tiveram alta de preço, com variações que oscilaram entre 3,91%, em Vitória e 15,33%, em Belém.
Salário ideal
Segundo o Dieese, levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.547,58.
O valor é 5,03 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.302,00. Em janeiro, o valor necessário era de R$ 6.641,58 e correspondeu a 5,10 vezes o piso mínimo.
O cálculo leva em conta o custo da cesta básica mais cara, que, em fevereiro, foi a de São Paulo (R$ 779,38).
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