Enel rebate relatórios e diz manter investimentos mesmo com venda

Empresa prevê entrega de novas subestações em 2023 e nega retirada de famílias de baixa renda da faixa subsidiada

Em 2022, a Enel Ceará foi alvo de polêmicas e reclamações dos consumidores, por conta do serviço prestado e do aumento de 24,85% ocorrido ainda no primeiro semestre. Estes fatores fizeram, também, com que o Ministério Público (MP-CE) entrasse com uma ação civil pública contra a empresa, calculada em R$ 48 milhões e multa que pode chegar até R$ 15 milhões e um relatório da Assembleia Legislativa (Alece).

A empresa, porém, contesta os posicionamentos e afirma que fecha o ano entregando 13,4 mil obras no estado. Segundo Márcia Sandra Vieira, diretora-presidente da Enel Distribuição Ceará, “nos últimos três anos foram investidos R$ 3 bilhões”.

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Ela cita como melhorias entregues as subestações de Pindoretama, Pacatuba e Itapipoca e, para o início de 2023, ainda lista a entrega dos equipamentos para Fortaleza, Ipueiras e Guaraciaba do Norte.

“Nos últimos três anos construímos nove subestações e houve também a ampliação e modernização de mais de 18 subestações. O ano de 22, realmente, foi um ano que continuamos ampliando os nossos investimentos aqui no estado do Ceará.”

Venda confirmada para 2023

Quando questionada sobre a venda da empresa, Márcia diz não ter atualização do assunto.
“Acreditamos que agora, em 2023, inicie esse processo.” Ela ainda reforça que os investimentos serão mantidos até o “passar do bastão” e lembra que a empresa possui o contrato de 30 anos e vem atendendo a todas as cláusulas contratuais. "Não fui oficiada em nada sobre a ação civil pública. Me informei pela mídia e estamos à disposição para esclarecer ponto a ponto.”

Márcia destaca que este ano foram ligados 105 mil novos consumidores, “mostrando que a empresa está investindo no Ceará e tem trabalhado na melhoria da qualidade da sua prestação de serviço.”

Ela ainda afirma que os indicadores de duração e de frequência também foram melhorados no Estado. Nas linhas, a empresa apresenta a construção de quatro mil quilômetros de rede de baixa tensão e 150 quilômetros de rede de alta tensão. Além disso, foram realizadas 358 mil podas de árvores.

Sobre os atendimentos dos consumidores, a diretora-presidente comenta que 70% já são feitos pelos canais digitais. “Reforçamos os nossos canais, melhoramos a robustez do nosso WhatsApp e aplicativo. Tivemos 40% de redução de reclamação nos nossos primeiros canais, que são lojas físicas e call center. Nos de segundo nível, que é a nossa ouvidoria, reduzimos 15% e reduzimos também, junto ao nosso órgão regulador, que é a Aneel. Isso mostra que a gente vem trabalhando para a satisfação do nosso cliente.”

Já, sobre a informação do MP-CE de que a empresa teria retirado pessoas de baixa renda da faixa da tarifa subsidiada, a diretora-presidente rebate, dizendo que “não é verdade”.

“Hoje a concessionária tem 1,1 milhão de clientes de baixa renda, houve um acréscimo. Temos 25% dos nossos clientes na baixa renda”, relata, afirmando também que houve mudança dos processos de inclusão, mas que isso não prejudicou a entrada no programa. (Com Samuel Pimentel)

 

 

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