Preço dos imóveis em Fortaleza sobe 1,36% em setembro

Apesar de uma variação mensal menor, índice aponta progresso da capital cearense

16:37 | Out. 28, 2022

Por: Anna Nívea Costa
Fortaleza liderou o ranking de lançamentos verticais residenciais, com 7.576 prédios. (Foto: Deísa Garcêz/Especial para O POVO em 24/11/2020) (foto: Deísa Garcêz/Especial para O POVO em 24/11/2020)

O Índice Geral de Preços do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R), medido pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), registrou crescimento de 1,36% no mês de setembro em Fortaleza.

Mesmo não ultrapassando a porcentagem anterior, de 1,77% em agosto, o número indica uma recuperação que aproxima seus valores acumulados aos das demais capitais.

A taxa mostra que Fortaleza teve a sexta maior alta do País, em relação às dez metrópoles abordadas pelo levantamento. A capital cearense também apresentou o mesmo avanço que a média nacional, de 1,36%.

Os dados apontam que o Nordeste lidera a lista de aceleração na variação mensal com Recife (2,20%) no topo, seguido de Salvador (2,01%).

Alta nos preços chega a 11,16% em 12 meses

No panorama geral, Fortaleza registrou um índice de 11,16% no acumulado dos últimos 12 meses. Durante o primeiro trimestre, o município teve aumento de 8,42%. A porcentagem saltou para 9,76% no período seguinte. Nesta reta final, a taxa chegou a 11,07%.

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE), Patriolino Dias, existe uma grande demanda no mercado fortalezense, mas os compradores estão esperando que o valor das taxas abaixe.

Ele explica que o cenário promissor resulta da diminuição dos estoques na capital, em virtude da pandemia de Covid-19. Os lançamentos previstos para o começo de 2020 foram postergados por conta da crise sanitária e econômica do País, fazendo com que os novos empreendimentos saíssem apenas no último trimestre daquele ano.

Entre 2012-2014 a indústria sofreu uma “encharcada” devido a grande oferta de produtos ao mesmo tempo. O período seguinte, de 2015 a 2019, foi marcado por poucos lançamentos e no ano de retomada, o coronavírus inviabilizou qualquer movimentação econômica no Brasil.

Diante de um cenário mais otimista, Patriolino ressalta que a velocidade das vendas deve aumentar quando o preço dos juros, como o Selic, diminuir.

De acordo com a Abecip, entre os fatores que contribuíram para a aceleração da taxa está a indicação do término do processo de aumentos na taxa de juros básica, o recuo da inflação, a retomada do nível de atividades com reflexos na recomposição da massa salarial e a redução das pressões dos custos ligados aos insumos da produção.

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