Após dois meses de queda, prévia da inflação sobe em Fortaleza

Variação foi de 0,09% em outubro. No País, alta foi maior, de 0,16%, segundo o IBGE

10:44 | Out. 25, 2022

Por: Irna Cavalcante
Preços dos artigos de vestuário foram os que mais subiram na prévia da inflação de outubro (foto: Thais Mesquita)

Depois de dois meses consecutivos de queda, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, registrou alta de 0,16% em outubro. Na Região Metropolitana de Fortaleza a elevação foi mais leve, de apenas 0,09%, o que sinaliza estabilidade nos preços. 

Os dados foram divulgados nesta terça-feira,25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dos 11 locais abrangidos pela pesquisa, apenas Curitiba e Belo Horizonte ainda mantiveram a deflação dos preços. Os indicadores ficaram, respectivamente, em -0,24 e -0,04% no mês.

Na Grande Fortaleza, o resultado veio após deflação de 0,58% registrada em setembro. No acumulado do ano, a prévia da inflação registra alta de 4,85% e de 6,77% em 12 meses.

No Brasil, o resultado do IPCA-15 ficou acima da mediana (0,09%) das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 0,30% a uma alta de 0,22%.

Com o resultado agora anunciado hoje, o IPCA-15 acumulou um aumento de 4,80% no ano. A taxa em 12 meses ficou em 6,85%. As projeções iam de avanço de 6,64% a 8,70%, com mediana de 6,78%.

Prévia inflação: o que puxou a alta nos preços?

Dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, apenas três registraram queda em relação ao mês imediatamente anterior: Transporte (-1,05%), Artigos de Residência ( - 0,72%), e Comunicações (-0,63%). Esse movimento reflete ainda a redução do teto do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre produtos como gasolina, energia elétrica e serviços de internet.

Por outro lado, o cenário de alta é influenciado pela alta nos preços de vestuário (1,62%), habitação (1%) e Saúde e cuidados Pessoais (0,64%).

Veja o que subiu e desceu em outubro na RMF:

  • Alimentação e bebidas - 0,04%
  • Habitação - 1%
  • Artigos de residência - (-0,72%)
  • Vestuário - 1,62%
  • Transporte - (-1,05%)
  • Saúde e cuidados Pessoais  - 0,64%
  • Despesas Pessoais - 0,03%
  • Educação - 0,07% 
  • Comunicação - (-0,63%)

Sobre a pesquisa

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 15 de setembro a 13 de outubro de 2022 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 13 de agosto a 14 de setembro de 2022 (base).

O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.

A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

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