Elmano diz que não haverá aumento de impostos no Ceará

Governador eleito do Ceará disse, em entrevista à Rádio O POVO CBN e CBN Cariri, que vai manter a política tributária do Estado

Apesar da queda de mais R$ 94 milhões da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em agosto, o governador eleito no Ceará, Elmano de Freitas, pretende iniciar sua gestão sem medidas antipáticas, como aumento de impostos. A afirmação foi feita em entrevista à Rádio O POVO CBN e CBN Cariri nesta terça-feira, 4.

"Quero dar tranquilidade ao setor produtivo, setor industrial e comercial que nós vamos manter o que nós temos hoje de política tributária. O que nós queremos é garantir maior eficiência e, efetivamente, discutir o investimento que o Estado fará", tranquilizou o governador eleito.

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Elmano também acredita que o passe livre da Região Metropolitana vai ter uma segunda importância, que é a de que o cidadão beneficiado vai gastar esse dinheiro no comércio local, e isso vai aumentar o ganho do Estado com impostos.

"De uma certa forma, esse recurso que eu vou investir no transporte para que ele venha de graça, ele vai retornar em ICMS. Então o investimento que, inicialmente, é de R$ 300 milhões, uma parte dele voltará através de impostos pela vinda da mercadoria".

Elmano pretende aumentar recursos do Fecop

Elmano disse ainda que pretende, se puder, aumentar os recursos do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop). Além disso, ressaltou a importância do instrumento para as crianças muito pobres, pois financia o Cartão Mais Infância, o Bolsa Atleta e o Vale Gás.

“O Ceará tem um desafio muito grande de combate a pobreza. Então, o que puder fazer para aumentar as políticas de combate à pobreza, farei. Mas o que está posto no Fecop, ao meu ver, do ponto de vista legal e definível, eu considero estar correto. Agora o que nós precisamos é ter mais recursos para a ampliação as políticas”, declarou.

Quando questionado sobre o aumento da tributação para conseguir expandir o Fecop, Elmano de Freitas disse que pretende fazer o contrário.

“O que eu quero é que o país faça uma reforma tributária para manter efetivamente o equilíbrio fiscal dos estados. Nós precisamos fazer a compensação financeira da redução de ICMS, porque isso representa três bilhões a menos nas contas públicas do Ceará e três bilhões não é qualquer coisa em um Estado pobre como o Ceará", finalizou

Colaborou Fabiana Melo e Irna Cavalcante

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