Produção do Ceará de castanha de caju representa 56% do total do País

Em julho, a estimativa da produção de castanha de caju para 2022 ficou em 123 mil toneladas no Brasil, alta de 1,8% ante junho e de 11,2% frente ao ano anterior, com crescimento de 11,6% no rendimento médio, nesse último comparativo. 

Destaque para o Ceará, como maior produtor brasileiro, com 68,9 mil toneladas, representando 56% do total nacional.

Em seguida vêm Piauí, com 25,1 mil toneladas e 20,4%, e Rio Grande do Norte, com 18 mil toneladas e 14,6%.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 11 de agosto, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio deLevantamento da Sistemático da Produção Agrícola (LSPA).

Ante 2021, foram estimados crescimentos da produção de 9,2% para o Ceará; de 32,2% para o Piauí e de 7,9% para o Rio Grande do Norte.

A estimativa da produção pernambucana, de 2,9 mil toneladas, apresenta crescimento de 2% e a do
Maranhão, de 3,3 mil toneladas, declínio de 8,1%. Previsão para a Bahia, de 2,9 mil toneladas, registra redução de 18,1% em relação a 2021.

No Brasil, o crescimento da produção se deve, principalmente, à maior disponibilidade de chuvas.

Ceará é o maior produtor de castanha do Brasil

Sobre o Ceará, primeiro lugar de produtores da castanha de caju brasileira, a maior área plantada é ocupada por plantios antigos e envelhecidos, que, ano a ano, vêm sendo cortados e aproveitados como lenha.

"No entanto, a área ocupada pelo caju anão vem apresentando aumento, com reflexos positivos na produtividade, em decorrência dos incentivos dos órgãos ligados à pesquisa e extensão do Estado", detalha a pesquisa.

Atualmente, a maior parte da produção cearense ainda se origina de cajueiros antigos, pouco manejados tecnicamente pelos produtores e, portanto, de baixa produtividade.

Outra característica é que a atividade impacta a geração de renda principalmente para pequenos produtores, mas é extremamente dependente do clima.

Estimativas de produção no Brasil 

A previsão de julho é de safra recorde de 263,4 milhões de toneladas para 2022 no Brasil.

No volume de produção de cereais, os destaques foram para Mato Grosso (1.467.212 t), Rio Grande do Sul (1.068.519 t), Tocantins (384.107 t), Ceará (61.475 t), Rondônia (6 166 t), Maranhão (684 t) e Rio de Janeiro (39 t).

Na outra ponta, os maiores destaques negativos ficaram para Paraná (-699 800 t), Piauí (-112.582 t), Distrito Federal (-88.020 t), Minas Gerais (-63.543 t), Paraíba (-30.569 t), Rio Grande do Norte (-3.314 t) e Pará (-1.106 t).

Produção agrícola do Ceará

No Ceará, a produção esperada para o grupo cereais, leguminosas e oleaginosas em 2022 é de 775.591 toneladas, alta de 8,59% ante mês anterior (714.220 t).

Frente à primeira previsão (542511 t), aumento de 42,96%. Já em relação à produção obtida no ano anterior (573.921 t) há um aumento de 35,14%.

No grupo frutas frescas, a estimativa deste ano no Estado é para 1.043.318 toneladas, ou seja, queda de 1,67%. Ante a primeira estimativa (1.015.715 t), alta de 2,72%. Estabilidade é vista em relação à produção obtida no ano anterior (1.034.211 t), com leve crescimento de 0,88%.

Quando se analisa a produção esperada para o grupo frutos (em mil) para 2022, a quantidade é de 373.872 mil frutos, alta 0,06% em relação ao mês anterior (373.647 mil frutos) e de 5,07% ante primeira estimativa (355.836 mil frutos). Comparado à produção do ano anterior (386.495 mil frutos) há uma redução de 3,27%.

Para o grupo tubérculos e raízes neste ano, estimam-se 795.937 toneladas, numa elevação de 8,37% em relação ao mês anterior (734.492 t). Frente à primeira estimativa (673.914 t) há um aumento de 18,11%. Na análise do que se obteve ainda no ano anterior, a alta é de 19,3%.

Relativo à ração animal em 2022, o Ceará registra 1.536.522 toneladas, o que representa uma redução de 2,22% em relação ao mês anterior (1571478 t). Em relação à primeira estimativa (1445768 t) há um aumento de 6,28%. Já em relação à produção obtida no ano anterior (1415970 t) há um aumento de 8,51%.

Já na horticultura em 2022 espera-se 329.878 toneladas, alta de 2% em relação ao mês anterior (323400 t). Frente à primeira estimativa (310.518 t), aumento de 6,23%. Já em relação à produção obtida no ano anterior (344.895 t) há uma redução de 4,35%.

Por fim, a produção esperada para o grupo outros no Ceará em 2022 é de 482.888 toneladas, o que representa uma redução de 0,08% em relação ao mês anterior (483.288 t). Na análise da primeira previsão (482.486 t) há um aumento de 0,08%. Em relação à produção obtida no ano anterior (575.587 t) há uma redução de 16,11%.

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