Pecém ganha quatro novos equipamentos que ampliam capacidade operacional do porto

O investimento feito na aquisição foi de aproximadamente R$ 150 milhões pela APM Terminals, uma das prestadoras de serviço operacional (PSO) do Porto do Pecém

As operações de embarque e desembarque de contêineres no Complexo do Pecém, na Região Metropolitana de Fortaleza, passam a contar com quatro novos equipamentos com potencial de ampliar capacidade operacional do porto. 

Nesta terça-feira, 9, a governadora Izolda Cela visitou as instalações e destacou que a aquisição fortalece o posicionamento do Ceará no cenário mundial das exportações.

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"O Complexo do Pecém vem permanentemente investindo, expandindo e melhorando suas estruturas. A chegada de novos quatro equipamentos vai favorecer muitos ganhos de produtividade na movimentação de contêineres. Isso é importante para o tempo, segurança e estabilidade [das operações]", afirmou a governadora.

Investimento nos equipamentos foi de R$ 150 milhões

São três 1e-RTGs, guindastes para operação de contêineres em pátio, e mais um superguindaste STS para operação de contêineres em navios. Os equipamentos chegaram ao Ceará no navio Zhen Hua 16, no último sábado (6).

A embarcação partiu do Porto de Xangai, na China, e navegou por 56 dias até atracar no Porto do Pecém. O investimento feito na aquisição foi de aproximadamente R$ 150 milhões pela APM Terminals, uma das prestadoras de serviço operacional (PSO) do Porto do Pecém.

Com eles, o manuseio de contêineres em pátio, que era feito exclusivamente por empilhadeiras do tipo reach-stacker, será parcialmente substituído pelos novos guindastes.

De acordo com a empresa, esses são os primeiros equipamentos desse porte a serem usados no porto, os RTGs possuem tamanho equivalente à largura e à altura de mais de sete contêineres.

"Sua forma de operação agiliza a movimentação, ao reduzir a necessidade de remoções em pilhas. Além disso, contam com um sistema de rolagem automática de rodas que previne colisões entre os carregamentos. Além disso, os equipamentos são movidos a eletricidade, o que contribui para tornar nossas atividades mais sustentáveis, ao reduzir as emissões de CO2", informou a empresa.

A operação dos e-RTGs vai aperfeiçoar o acesso aos contêineres posicionados no pátio de armazenagem do TMUT do Porto do Pecém, pois permitirá a movimentação e o empilhamento de contêineres para embarque e desembarque.

Já o novo superguindaste do tipo STS (Ship to Shore), também conhecido como portêiner, será descarregado ainda nesta semana. O equipamento é utilizado para o embarque e desembarque rápido de contêineres nos navios.

O STS pesa 1630 toneladas e mede 89 metros de altura, o equivalente a um prédio de 29 andares. Isso favorece maior ganho na sua velocidade e segurança, por conta dos seus tipos de movimentos que geram mais estabilidade na operação. Com a nova aquisição, o Pecém dispõe de três STS na operação de contêineres.

De acordo com Danilo Serpa, os equipamentos são necessários diante do crescimento da carga conteinerizada no Porto do Pecém.

"Estamos colocando o Porto do Pecém como portão de entrada e saída para o Norte e Nordeste brasileiro. Essas aquisições são justamente para dar mais eficiência e atender melhor os nossos clientes", disse o presidente do Complexo do Pecém.

Movimentação em 2021

Em 2021, o terminal portuário cearense somou 410.557 TEUs (unidade referente a um contêiner de 20 pés) movimentados. Um crescimento de 8,7% em relação à movimentação em 2020, quando 377.726 TEUs passaram pelo Porto do Pecém.

Atualmente, o embarque e desembarque de contêineres é responsável por aproximadamente ¼ de toda a movimentação de cargas do Porto do Pecém. No ano passado, 5.389.230 toneladas de cargas conteinerizadas foram movimentadas no porto cearense.

Maia Júnior, titular da Sedet, também ressaltou o ganho de competitividade. "O Porto do Pecém completou 20 anos, ganhando eficiência todos os anos, com grandes investimentos contínuos. Estamos preparando o Porto não só para as movimentações atuais, mas também para as movimentações futuras, com a chegada do hidrogênio verde, de energia offshore e uma nova refinaria", reforçou.

 

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