Ceará vai investir R$ 39 milhões em Centro de Tecnologia para Agronegócio
Projeto localizado em Barbalha está em fase de licitação. Ação faz parte do pacote de estímulo ao setor do agronegócioPara estimular o setor agropecuário do Ceará, o secretário do desenvolvimento econômico e trabalho do Estado (Sedet), Maia Júnior, anunciou a aplicação de R$ 39 milhões para criação do Centro de Tecnologia de Cultivo Protegido (CTCP), na cidade de Barbalha, na região do Cariri que já está em fase de licitação.
O espaço, que ficará numa antiga usina de açúcar e álcool, servirá para desenvolver novas tecnologias para o Ceará, baseadas no cultivo em ambiente protegido, ou seja, em estufas. Assim o produtor poderá economizar água e energia, ter maior produtividade com maior valor agregado e gerar mais empregos.
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Este modelo já é bem definido em Ibiapaba, mas no Cariri não tem muita esta tradição em tecnologia protegido. "O projeto é da própria Sedet e já está aprovado e em fase de licitação desde a semana passada", informou o titular da pasta.
Economia do Mar
Outra iniciativa citada por Maia Júnior é o Instituto do Mar, que estuda tecnologias voltadas para Economia Azul, que terá uma ação de capacitação voltada para a pesca, tecnologias marítimas e, também, para o desenvolvimento do setor da aquicultura. Ele ainda será instalado na avenida Leste Oeste, em Fortaleza.
As duas obras de infraestruturas, o CTCP e o Instituto do Mar vão ter a coordenação da Sedet para promover o desenvolvimento dessas duas cadeias.
Desburocratização do agro
Um outro projeto, em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), será feito para desburocratizar uma série de tramites do setor agropecuário que envolve a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri), a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) e a Secretaria da Fazenda (Sefaz).
De acordo com Maia, serão feitas uma série de ações com a participação de consultores para entender os entraves atuais e achar solução para resolver os problemas e acelerar o desenvolvimento deste setor produtivo.
Outras culturas
Existem, ainda, outros projetos trabalhados pela Sedet na promoção de novas culturas, conhecidas como culturas alternativas. Elas geram um maior valor agregado e consomem menos água. Alguns exemplos são o cacau, a pitaya, o avocado e o mirtilo.
Na pecuária já existe um trabalho forte no setor leiteiro com a produção de queijos nobres, queijos finos, queijos de alto valor agregado o que diferencia, também o leite do estado.
Na piscicultura, além do camarão, atum e lagosta, já foram feitos testes com a Guaroupa que deu bons resultados e ele pode ser o substituto da tilápia em ambiente com recirculação de água. Isso já é realidade na Paraíba.
O secretário Maia ainda informou que o trabalho que o Cientista Chef, iniciativa ligada a Universidade Estadual do Ceará (UFC), está realizando no estado está à disposição do agro negócio, especialmente do interior, para criação de nova tecnologias e digitalização dos processos.
Iniciativas que visam o uso racional da água, na agricultura, o aumento de produtividade e a agregação de valor. "Temos 91 profissionais para produção de aplicativos e software e em dois anos já criaram 132 startups no Estado", finaliza Maia.
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