Com alta na conta de luz, prévia da inflação na Grande Fortaleza sobe 0,73% em junho
Foi o quinto maior índice do País para o mês. Indicador ficou acima da média nacional (0,69%)
11:09 | Jun. 24, 2022
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), índice que mede a prévia da inflação mensal no Brasil, destaca a Grande Fortaleza como a região metropolitana com a quinta maior alta para o mês de junho no Brasil. Resultado é puxado pelo aumento nos gastos com energia elétrica.
Dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta sexta-feira, 24 de junho, e estimam crescimento de 0,73% da inflação na Grande Fortaleza na passagem de maio para junho deste ano.
Número expressa uma desaceleração no agravamento da inflação na região, mas mantém tendência de alta nos preços. Indicador ficou acima da média brasileira (0,69%).
Em maio, a alta registrada frente abril foi de 1,29%. No acumulado dos últimos 12 meses, o IBGE estima inflação de 11,89%. Na prática isso significa que, em média, todos os alimentos, produtos e serviços ficaram 11,89% mais caros desde 1º de janeiro deste ano.
Alta nos produtos e serviços essenciais agravam inflação
Na Grande Fortaleza, o impacto do reajuste tarifário de 24,85% na conta de luz implementado em abril deste ano pela Enel Ceará segue pressionando a renda dos consumidores da região. Influenciando fortemente os índice de inflação, reajuste impacta alta de 2,04% nos gastos com habitação em junho.
O recente reajuste nos planos de saúde também se apresenta como decisivo para o agravamento da inflação na Grande Fortaleza e no Brasil. Em junho, o IPCA-15 destaca alta de 0,58% nas despesas pessoais e de 0,50% nos gastos com saúde e cuidados pessoais.
Na outra ponta, o setor de educação registrou alta de 0,01% em junho, configurando cenário de estabilidade. O setor com menor alta real foi o de alimentação e bebidas, com peso inflacionário de 0,32% em junho. Todos nove grupos de serviços e produtos pesquisados pelo IBGE computaram alta no Brasil e no Ceará.
O que ficou mais caro na Grande Fortaleza em junho?
- Habitação: Alta de 2,04%
- Vestuário: Alta de 1,44%
- Despesas pessoais: Alta de 0,58%
- Saúde e cuidados pessoais: Alta de 0,50%
- Artigos de residência: Alta de 0,50%
- Transportes: Alta de 0,46%
- Comunicação: Alta de 0,36%
- Alimentação e bebidas: Alta de 0,32%
- Educação: Alta de 0,01% (cenário de estabilidade)
Inflação no Brasil
No contexto nacional, a prévia da inflação acelerou em junho para 0,69%, ficando 0,10 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada em maio (0,59%). O subitem de maior influência na taxa do mês foi planos de saúde, que subiu 2,99%.
No acumulado do ano, o IPCA-15 tem alta de 5,65% enquanto nos últimos 12 meses, a taxa desacelerou para 12,04%, abaixo dos 12,20% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Todos os grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram alta em junho. O maior crescimento da inflação foi registrado no setor de vestuário, com alta de 1,77% em junho, seguido pelo setor de saúde e cuidados pessoais, com alta de 1,27% no IPCA-15.
As menores altas registradas foram no setor de alimentação e bebidas, com alta de 0,25% em junho, após ter computado alta de 1,52% em maio frente abril. Por fim, os serviços de educação registram em junho aumento de 0,07%.
Inflação por grande região no Brasil em junho de 2022
Salvador: Alta de 1,16%
Recife: Alta de 0,84%
São Paulo: Alta de 0,79%
Brasília: Alta de 0,74%
Fortaleza: Alta de 0,73%
Curitiba: Alta de 0,70%
Porto Alegre: Alta de 0,57%
Goiânia: Alta de 0,54%
Belo Horizonte: Alta de 0,50%
Rio de Janeiro: Alta de 0,46%
Belém: Alta de 0,18%
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