Enel Ceará vende termoelétrica de Fortaleza para Eneva por R$ 431 milhões
A transação comercial prevê ainda o aporte de até R$ 97 milhões no pagamento de contingentes referentes à recontratação futura da plantaTermoelétrica de Fortaleza é vendida pela Enel Ceará para empresa Eneva pelo montante de R$ 431,5 milhões
Informação foi divulgada pela compradora em fato relevante ao mercado na manhã desta sexta-feira, 10 de junho.
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A transação comercial prevê ainda o aporte de até R$ 97 milhões no pagamento de contingentes referentes à recontratação futura da planta.
O acordo entre as empresas divulgado publicamente um dia após a assinatura do contrato.
O valor inicial da operação é de R$ 431.583.000 considerando cálculos feitos com base no valor de mercado da usina em 31 de março de 2022.
O montante total, porém, está sujeito "à correção pela variação do CDI e a ajustes positivos ou negativos, inclusive após o fechamento", conforme detalha o documento de compra.
Conforme a Enel Ceará, o fim da transação resultará no pagamento de aproximadamente R$ 467 milhões pela Eneva para aquisição total do capital da termoelétrica.
A operação da venda da Termofortaleza ainda está sujeita a "condições precedentes usuais a este tipo de transação", assim como pontua o fato relevante da Eneva.
Entre as condições está a aprovação da transação peloConselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o aval de órgãos de governança interna de ambas as empresas, de seus respectivos
acionistas e também do Conselho de Administração da Enel Américas.
Motivos da venda da termoelétrica de Fortaleza
Procurada pelo O POVO, a Enel Ceará afirma que a venda da termoelétrica faz parte de uma estratégia empresarial cujo proposito ézerar a emissão de carbono por parte do grupo Enel.
A empresa afirma queatingirá 100% de capacidade instalada renovável no país após a conclusão da transação, prevista para ser finalizada até o fim de setembro deste ano.
"A transação está em linha com o compromisso do Grupo Enel de zerar suas emissões até 2040 e com o plano da Enel de triplicar sua capacidade renovável global até 2030", reitera a Enel em resposta ao O POVO.
A distribuidora de energia elétrica afirma ainda que a venda da termoelétrica de Fortaleza expressa uma tendência global do grupo em se desfazer de seu parque de geração térmica.
O desinvestimento no setor está alinhado com projetos de mudanças na matriz energética global, com prioridade para fontes renováveis e limpas de geração de energia elétrica.
Atualmente, no Brasil.o Grupo Enel tem uma capacidade instalada total renovável de 4,7 GW, dos quais mais de 2,2 GW são de energia eólica, cerca de 1,2 GW de energia solar e cerca de 1,3 GW de energia hídrica.
“O Brasil é considerado um dos países prioritários neste processo, desempenhando um papel importante na estratégia do Grupo. Estamos acelerando a descarbonização do nosso mix de geração e, após a conclusão desta operação, a capacidade instalada e o portfólio de geração da empresa no país atingirão um marco importante, se tornando 100% renovável", afirma Nicola Cotugno, Country Manager da Enel no Brasil,
O porta-voz da empresa no País garante ainda que a companhia seguirá investindo nomercado de energia limpa no país, "desenvolvendo e gerenciando novas usinas solares, eólicas e híbridas por meio da Enel Green Power Brasil”.
Termoelétrica de Fortaleza
A Termofortaleza se configura como uma usina termelétrica a gás, implantada a partir do Programa Prioritário de Termoeletricidade (PPT) da União e utiliza sistema de geração de energia combinada com uso de gás de vapor.
Unidade apresenta capacidade instalada de geração de 327 Megawatts (MW) de energia elétrica, com 1,2 km de linha de transmissão de energia de alta tensão.
A usina fica localiza no Complexo Portuário e Industrial do Pecém (CPPI) na Grande Fortaleza.
Conforme dados da Enel Ceará, a Termofortaleza registrou receita operacional líquida de R$ 1,7 bilhão em 2021.
No cálculo dos lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), a usina apresenta saldo de R$ 580 milhões.
A termoelétrica apresenta ainda contrato de comercialização de energia com a distribuidora Companhia Energética do Ceará, sob gestão da Enel, com vigência até 2023.
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