Após dois anos, abate de bovinos volta a crescer no Ceará
No primeiro trimestre de 2022, produção cresceu 8,5% ante igual período de 2021. Pesquisa do IBGE aponta ainda crescimento no abate de suínos, frangos e na produção leiteira e de ovos no Estado
17:34 | Jun. 08, 2022
Depois de dois anos de queda, o abate de bovinos voltou a subir no 1º trimestre de 2022. Foram 27.764 cabeças, um aumento de 8,5% frente ao 1º trimestre de 2021, quando 25.588 cabeças foram abatidas.
Os dados da Estatística da Produção Pecuária foram divulgados nesta quarta-feira, 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Do total de bovinos abatidos no trimestre, a maior parte, 15.794, é referente a bois. Em seguida aparecem vacas (8.282), novilhos (1.982) e novilhas (1.706).
No Brasil, de janeiro a março, foram abatidas um total de 6,96 milhões de cabeças de bovinos em estabelecimentos com inspeção sanitária, o que representa 361,75 mil cabeças de bovinos a mais. A quantidade representa crescimento de 5,5% na comparação com o primeiro trimestre de 2021 e estabilidade frente ao quarto trimestre de 2021.
A pesquisa revelou também crescimento no abate de outras proteínas no Ceará. No caso dos suínos, foram abatidos 47.901 cabeças no primeiro trimestre deste ano. Alta de 7,61%, ante igual período do ano passado.
O desempenho do setor segue tendência de alta nacional no consumo desta proteína como substituta à carne bovina.O primeiro trimestre de 2022 registrou os melhores resultados de abate suíno no País para esses meses da série histórica, iniciada em 1997. O aumento da produção ocorreu em 19 das 25 unidades da federação investigadas.
Já o abate de frangos, com 7.723.389 unidades abatidas, também aumentou em relação ao 1º trimestre do ano passado. Foram 306.059 carcaças de frango a mais em 2022 em relação a 2021.
Aquisição de leite no Ceará tem alta de 14,2%
No Ceará, subiu também a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos sob algum tipo de inspeção sanitária (Federal, Estadual ou Municipal). No 1º trimestre de 2022, a aquisição de 91.887 mil litros representou aumento de 14,2% em relação ao 1° trimestre de 2021, e aumento de 4,2% em relação ao trimestre imediatamente anterior.
Em relação à produção de ovos de galinha, com 59.356 (mil dúzias) foi 5% superior à estimativa do 1º trimestre do ano passado (56.555 mil dúzias) e 0.9% menor que a apurada no 4º trimestre de 2021, quando o total foi de 59.910 mil dúzias.
Preço pago ao produtor pelo leite chega a R$ 2,14
A pesquisa divulgada pelo IBGE incluiu o preço do leite cru pago ao produtor no escopo da Pesquisa Trimestral do Leite. No 1º trimestre de 2022, o preço médio por litro, em nível nacional, chegou a R$ 2,14. No trimestre equivalente de 2019, ficou em R$1,36. Em 2020, foi de R$1,38 e em 2021, R$1,90.
Desde 2019, o questionário da pesquisa passou a ter uma consulta às empresas sobre o preço médio pago, mensalmente, pela matéria-prima adquirida (leite cru in natura, resfriado ou não). Desde então, a variável investigada foi utilizada apenas internamente para subsidiar a coleta e a crítica dos dados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM).
Sobre a pesquisa
A pesquisa fornece informações sobre o total de cabeças abatidas e o peso total das carcaças para as espécies de bovinos (bois, vacas, novilhos e novilhas), suínos e frangos, tendo como unidade de coleta o estabelecimento que efetua o abate sob fiscalização sanitária federal, estadual ou municipal. A periodicidade da pesquisa é trimestral, sendo que, para cada trimestre do ano civil, os dados são discriminados mês a mês.
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