Mercado Livre desiste de centro de distribuição no Ceará após entrave com "incentivo fiscal"

Informação foi confirmada com exclusividade ao O POVO pelo secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Ceará, Maia Júnior

O processo de negociação entre o Governo do Estado e o Mercado Livre enfrentou gargalos na política de incentivos fiscais e resultou na suspensão dos planos da empresa para construção de um centro de distribuição no Ceará.

Em entrevista exclusiva ao O POVO, o secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Ceará, Maia Júnior, confirmou na manhã desta terça-feira, 24 de maio, que a companhia desistiu do empreendimento no Estado.

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"Com Mercado livre nós não logramos êxito na negociação. Continuamos trabalhando para atrair novos centros de distribuição, já temos alguns resultados, mas infelizmente com o Mercado Livre não tivemos êxito", afirma Maia Jr.

O secretário revela ainda que a principal dificuldade na negociação foi a definição de um "adequado incentivo fiscal" para empresa se instalar no Ceará. Questionado pelo O POVO, o secretário não deu detalhes se a empresa sonda algum outro estado do Nordeste ou outro tipo de parceria comercial com o Ceará.

Hub logístico no Ceará

A empresa estava em negociação com o Estado há pouco mais de dois anos. O processo de atração estava enfrentando dificuldades e não conseguiu avançar durante a pandemia de Covid-19. A atração da empresa integra a política de consolidação de um hub logístico estadual com maior fluidez no transporte de mercadorias no Ceará. 

Objetivo é fazer do Estado o centro de escoamento de produtos para todos os demais estados do Nordeste. Entre as conquistas do projetos, destaca-se a construção e operação do Centro de Distribuição da multinacional do varejo online, Amazon, em funcionamento há cerca de um ano em Itaitinga, na Grande Fortaleza. 

Além do Mercado Livre, cuja negociação fracassou, o Ceará mantém as perspectivas de atrair marcas como Americanas e Zenir para construção de dois centros de distribuição no Estado. As negociações com tais empresas, porém, seguem sem avanços significativos e detalhes de tais projetos não foram comentados pelo titular da Sedet. 

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