Hapvida fecha 1º trimestre com prejuízo líquido de R$ 182 mi
A operadora de planos de saúde registrou, porém, a receita líquida de R$ 4,8 bilhões no intervalo entre janeiro e março, alta anual de 108,4%
21:42 | Mai. 16, 2022
A operadora de saúde Hapvida (HAPV3) registrou no primeiro trimestre de 2022 um prejuízo líquido de R$ 182 milhões. O resultado reverte lucro líquido de um ano antes, quando o grupo alcançou um desempenho positivo de R$ 151,8 milhões. Os números são do balanço divulgado pelo grupo nesta segunda-feira, 16, e incluem os resultados da NotreDame Intermédica (GDIN3), adquirida em fevereiro deste ano.
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O lucro líquido ajustado acumulou R$ 78,1 milhões nos três primeiros meses do ano, uma queda de 69,9% no comparativo com o primeiro trimestre do ano passado. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado somou R$ 414 milhões no 1T22, um recuo de 11,3% sobre o mesmo período de 2021.
Em contrapartida, a Hapvida apurou um resultado de receita líquida que totalizou R$ 4,8 bilhões entre janeiro e março deste ano, o que representa uma alta de 108,4% na comparação anual. No trimestre consolidado com as duas companhias, foram adicionados de forma líquida 111 mil beneficiários de saúde e perdidos 37 mil beneficiários de odonto.
Com a exclusão de custos relacionados à Covid-19, despesas médico-hospitalares das operadoras recém-adquiridas com patamares mais elevados de sinistralidade e impacto do reajuste dos planos individuais, a sinistralidade caixa teria sido de 67,1%, “em linha com o histórico da companhia”.
De acordo com os resultados, as despesas administrativas somaram R$ 470,3 milhões no 1T22, um crescimento de 101,8%.
Já o ticket médio consolidado do Hapvida em saúde apresentou queda de 4,2% na comparação com o 1T21, principalmente em função do reajuste negativo de 8,19% dos planos individuais divulgado pela ANS em 2021, vigente de maio de 2021 a abril de 2022.
A dívida líquida da companhia ficou em R$ 5,165 bilhões no final de março de 2022, enquanto a dívida bruta totalizou R$ 11,8 bilhões.
O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida financeira líquida/Ebitda ajustada, ficou em 2,8 vezes em março, um aumento de 3,5 vezes em relação ao mesmo período de 2021.
“O aumento desse indicador em relação aos trimestres anteriores refere-se ao pagamento da parcela caixa para acionista GNDI no valor de R$ 3,2 bilhões, dividendo extraordinário do GNDI no valor de R$ 1 bilhão, dívida proveniente do balanço de abertura do GNDI e Ebitda LTM ainda penalizado pela pandemia”, explica a Hapvida em comunicado ao mercado.