Em carta, superintendentes da CVM pedem isonomia nos reajustes a servidores
Enquanto o Banco Central (BC) recuava da proposta de reestruturação das carreiras de seus servidores, que previa reajuste salarial de 22% para analistas e técnicos do órgão, os funcionários da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) voltaram à carga para pedir isonomia para todos os trabalhadores das instituições públicas que integram o "núcleo financeiro" do governo federal.
Uma carta assinada pelos 15 superintendentes da autarquia destaca "extrema preocupação com qualquer tentativa de tratamento diferenciado entre as carreiras do serviço público, especialmente as que compõem núcleos com instituições cujos mandatos são complementares, como as que integram o Núcleo Financeiro".
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"Isso poderia acarretar desequilíbrios e impactos significativos aos nossos servidores e, no limite, ao regular funcionamento do Sistema Financeiro Nacional. Nesse sentido, e como integrantes de um sistema, destacamos que seguiremos alinhados às futuras ações de mobilização do corpo de carreiras que formam o núcleo de reguladores do sistema financeiro", diz um trecho da carta, enviada ao presidente da CVM, Marcelo Barbosa, na quarta-feira, 11.
Segundo nota do Sindicato Nacional dos Servidores da CVM (SindCVM), a carta assinada pelos superintendentes é mais um passo da mobilização por reajustes salariais. A mobilização já inclui uma "operação padrão", com redução de 50% das metas dos servidores, aprovada em assembleia do SindCVM.
Na carta do último dia 11, os superintendentes ressaltam que solicitaram a Barbosa "apoio especial junto ao Ministério da Economia" para pleitear o reajuste, em outra carta, de janeiro deste ano.
"Gostaríamos de reconhecer o empenho contínuo da Presidência (da CVM) em nos apoiar. Contudo, os avanços observados desde então foram tímidos, ao passo que novas preocupações e variáveis se somaram nesse ínterim. As mobilizações realizadas por diversas carreiras do serviço público federal parecem ter sensibilizado, ou pelo menos sinalizaram ao governo, sobre a importância de se manter um equilíbrio remuneratório entre os órgãos da administração pública federal", diz outro trecho da carta.