Volume de serviços no Ceará cresce mais que o dobro da média do Brasil
No comparativo com igual período de 2021, o Estado computa crescimento de 17,2% no volume das contratações de serviços, conforme revela o IBGECom sétimo melhor resultado do Brasil no comparativo mês a mês, o volume de serviços no Ceará cresceu 4% na passagem de fevereiro para março deste ano. O nível é mais do que o dobro do registrado no Brasil (1,7%) em igual período. As informações foram reveladas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta quinta-feira, 12 de maio, e fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços.
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No comparativo com igual período de 2021, o Ceará computa crescimento de 17,2% no volume das contratações de serviços pelos consumidores. Cenário acompanha realidade nacional de recuperação das perdas durante os dois primeiros anos de pandemia e, para além disso expressa um crescimento do setor a níveis maiores do que os registrados em anos pré-pandemia.
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A pesquisa destaca ainda que o Ceará apresenta acumulado um crescimento de 15,2% no volume de serviços em 2022 e alta de 19,4% nos últimos 12 meses. "Nós estamos em uma retomada firme desde pouquinho antes da Black Friday de novembro do ano passado. É um momento bom para as vendas e transações comerciais de modo geral, especialmente depois do sucesso de maio com o Dia das Mães", avalia Cid Alves.
Enquanto presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Lojista de Fortaleza (Sindilojas) e vice-presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio), Cid reforça a crença de que a retomada econômica será contínua, sem nenhum tipo de retrocesso no fluxo de vendas ou na contratação de serviços no Estado.
"Teremos as variações sazonais dos meses com menor movimentação, mas isso já é o esperado, sabemos que isso acontece todo ano e algumas medidas externas como antecipação do décimo terceiro salário, liberação emergencial do FGTS, novo valor do Auxílio Brasil, isso gera um otimismo e estimula o consumo", destaca.
Confira crescimento dos serviços no Ceará em março de 2022 com relação ao ano passado:
- Serviços prestados às famílias: 107,4%
- Serviços de informação e comunicação: 18%
- Serviços profissionais, administrativos e complementares: 5,2%
- Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: 4,5%
- Outros serviços: 31,4%
A expansão do volume de serviços no Estado refluiu positivamente na receita nominal de tais atividades econômicas. Conforme revela o IBGE, a movimentação financeira do setor no Estado aumentou 4,9% no mês de março frente a fevereiro deste ano. No comparativo anual, o terceiro mês deste ano teve receita 25,2% maior do que o registrado em igual período de 2021 no Ceará.
A alta na receita do setor foi fortemente influenciada pela encarecimento dos preços dos serviços. O segmento de serviços prestados às famílias, por exemplo, computa alta de 112,3% na receita nominal no Estado, impactado pela alta de preços nos alimentos.
Mesmo o cenário sendo positivo, e impulsionado por uma boa gestão financeira e destinação de recursos e incentivos por parte dos estados, Cid afirma que os setores varejistas e de serviços dificilmente irão se recuperar e voltar a ser o que eram em períodos pré-pandemia. "O que aconteceu durante a pandemia foi extremamente ruim, muito muito ruim mesmo para o varejo e serviços. Os microempreendedores, empreendedores individuais e pequenos empresários foram os que mais sofreram e muitas lojas fecharam", afirma.
Na visão do representante do setor de comercial e de bens e serviços do Ceará, o momento positivo deve ser utilizado para uma autoavaliação do próprio setor. O momento, conforme pontua Cid é de se readequar as novas dinâmicas de venda e consumo, bem como aos novos padrões das relações comerciais, cada vez mais modernas e digitais, em decorrência da pandemia.
"Temos uma série de fatores influenciando esse cenário positivo, mas nós nunca vamos nos recuperar para o que erámos antes. Temos que aprender a continuar crescendo nessa nova realidade que já se mostra muito promissora pelos resultados que estamos calculando com o Dia das Mães", finaliza.
Ao olharmos os desempenhos dos estados nordestinos no mês de março de 2022 com relação a igual período de 2021, todas as unidades federativas da região computam alta no volume de contratações dos serviços. Os destaques são para a Sergipe e Paraíba, com crescimento de 8,7% e 8,8%, respectivamente. Alagoas surge em sequência com alta de 6%, sendo seguido pelo Ceará, com o quarto maior crescimento do Nordeste e elevação de 4% no setor de serviços.
Desempenho do setor de serviços nos Estados do Nordeste em março de 2022:
- Sergipe: Alta de 8,8%
- Paraíba: Alta de 8,7%
- Alagoas: Alta de 6%
- Ceará: Alta de 4%
- Bahia: Alta de 3,6%
- Rio Grande do Norte: Alta de2,7%
- Piauí: Alta de 2,4%
- Pernambuco: Alta de 2,4%
- Maranhão: Alta de 0,1%
No parâmetro nacional, com o crescimento de 1,7% registrado no mês março, o setor de serviços recuperou a perda de janeiro deste ano (-1,8%) no Brasil e alcançou o maior patamar desde maio de 2015. Dessa forma, conforme destaca o IBGE, o setor se encontra-se 7,2% acima do nível de fevereiro de 2020, antes da pandemia de Covid-19, o que demarca uma recuperação total do período pandêmico.
Além disso, taxa é 4% abaixo de novembro de 2014, o ponto mais alto da série histórica, o que revela que para além da recuperação, o setor está crescendo em ritmo significativo. Entre as 27 unidades federativas pesquisadas, apenas três computaram queda no setor, sendo elas: Mato Grosso, com redução de seguido pelo Acre, com redução de 1,3% e pelo Tocantins (-0,2%).
Em contrapartida, o Distrito Federal (DF) registrou crescimento de 10,3% em relação a fevereiro deste ano. Ao todo, 14 estados e o DF registraram aumento do volume de serviços acima da média nacional.
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