Dieese: Rendimento médio do cearense ocupado caiu 7,3% e metade ganha até R$ 1,1 mil
Levantamento do Dieese que compara cenário do mercado de trabalho em 2019 e em 2021 revela que parcela da população ocupada no Ceará caiu de 52% (3,8 milhões) para 47% (3,5 milhões) da população acima de 14 anos em condição de trabalho. Perda é maior que a média nacional
16:36 | Mai. 01, 2022
O rendimento médio do trabalhador cearense ocupado, seja no mercado formal ou informal, sofreu um baque de 7,3% na comparação do fechamento de 2019 com o de 2021. No primeiro período, o rendimento médio real era de R$ 1.845, já no segundo era de R$ 1.711. Os dados fazem parte de um levantamento feito pelo Dieese com dados do IBGE, em alusão ao Dia do Trabalhador.
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Nesse mesmo recorte, metade da massa de trabalhadores ocupados ganhava até R$ 1.100 no fim de 2021. O valor representa uma queda na comparação a 2019, quando a metade dos cearenses ocupados ganhava até R$ 1.170. Dentro desse cenário, a taxa de desocupação (de pessoas desempregadas que estão procurando oportunidade de recolocação) saltou, de 10,3% em 2019 para 11,1% em 2021.
O levantamento do Dieese que compara cenário do mercado de trabalho em 2019 e em 2021 revela ainda que a parcela da população ocupada no Ceará caiu de 52% (3,8 milhões) para 47% (3,5 milhões) da população acima de 14 anos em condição de trabalho. Perda é maior que a média nacional que sofreu pequena regressão, de 57% para 56%.
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Se no mercado de trabalho nacional, os dados mostram que houve um fortalecimento do trabalho informal nesta retomada, o mesmo não se pode observar no Ceará neste recorte.
Segundo os dados, enquanto a informalidade cresceu no Brasil, gerando ocupação para 33,7 milhões de trabalhadores ao fim de 2021 (eram 33,2 milhões em 2019), no Ceará, o mercado informal perdeu força. Ao fim de 2021 eram 1,8 milhão de trabalhadores empregados (eram 1,9 milhão ao fim de 2019).
O número de desalentados (pessoas em idade produtiva que desistiram de procurar trabalho) é outro dado preocupante neste levantamento. No Ceará, ao fim de 2019, eram 361 mil. Já no fim de 2021 eram 380 mil.
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