Enel salta 31 posições e se torna a 8ª empresa com tarifa mais cara do Brasil

A tarifa aplicada na conta de luz dos cearenses saltou 31 posições, saindo de R$ 588,8 por megawatts (MW) a cada hora, para R$ 731,6 na mesma medida

Antes do aumento aprovado nesta terça-feira, 19 de abril, a tarifa cobrada pela Enel Ceará representava a 39ª mais cara do Brasil com relação ao valor cobrado para imóveis residenciais com baixa demanda por energia. Agora, ficará em 8º lugar do País.

Isso porque, com o reajuste anual, a tarifa aplicada na conta de luz dos cearenses saltou 31 posições, saindo de R$ 588,8 por megawatts (MW) a cada hora, para R$ 731,6 na mesma medida. Valores representam R$ 0,73 por cada quilowatts (KW) consumido por hora no Estado. 

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A tarifa cobrada ao consumidor pela Enel Ceará, é composta por:

  • 32,2% - Tributos (28,8% de ICMS e 3,4% de Pis/Cofins)
  • 29% - Energia
  • 25,4% Distribuição 
  • 8,9% - Encargos
  • 3,8% - Transporte

Hélvio Guerra, diretor da Aneel, reconhece que os reajustes implementados "não são baixos", mas destaca as ações da Agência em prol de minimizar o impacto ao consumidor final. 

"Diante das dificuldades que estamos vivendo nos últimos anos, além dos impactos da pandemia com impactos em toda setores da sociedade, temos ainda a questão do preço do gás no mercado internacional que afeta diretamente nosso setor, além da crise hídrica, considero como eficaz as ações da Aneel com relação aos processos julgados", pontua. .

Posicionamento da Enel

A distribuidora de energia elétrica no Estado, a Enel, pontua que reterá apenas 5% do aumento, repassando o restante para as geradoras de energia e quitação de débitos acumulados pelas ações de enfrentamento à escassez hídrica durante o ano de 2021.

Em coletiva de imprensa logo após a aprovação do reajuste, o diretor de regulação da Enel no Brasil, Luiz Gazulha, reconhece o aumento como expressivo, mas pontua que o reajuste está em patamar elevado em decorrências da crise gerada pelo baixo nível dos reservatórios em 2021, ativação das termoelétricas e influenciada pelo aumento do custo operacional da empresa.

"Nós estamos falando de custo de energia que a distribuidora já arcou ao longo de 2021 e que por meio deste reajuste, será ressarcida pelos consumidores. São custos que a companhia é mera arrecadadora, repassamos para as produtoras, para quitação de empréstimos ao setor energético. Na prática, atuamos apenas como um intermediário para o repasse desses recursos", argumenta.

Ele defende ainda que com a retirada da bandeira vermelha, o efeito prático para o consumidor não será tão intenso e detalha que o furto de energia é um crime e que a empresa, assim como entidades de segurança pública realizam monitoramento constantes dessa questão.

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