Após alta de até 25,12% na conta de luz dos cearenses, há risco de 57% de aumento na bandeira tarifária

Aneel abriu uma consulta pública com intuito de aplicar percentual de 57% para as cobranças futuras das bandeiras tarifárias

15:21 | Abr. 19, 2022

Por: Alan Magno
Desenrola Brasil poderá reduzir em até 40% inadimplência no país (foto: Bárbara Moira)

Após a alta aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica para até 25,12% na tarifa de luz no Ceará, o consumidor pode se deparar com a notícia do aumento de até 57% no valor das bandeiras tarifárias no Brasil entre este ano e 2023. Isso porque, na última terça-feira, 12 de abril, a Aneel abriu uma consulta pública com intuito de aplicar esse percentual para as cobranças futuramente. 

O aumento varia de acordo a bandeira e o nível da tarifa extra, para a mais baixa, a bandeira amarela, o aumento proposto é de 56%, saindo de R$ 1,84 para R$ 2,92 a cada 100 quilowatt consumido por hora. Na segunda bandeia, a vermelha de nível um, o aumento requerido pela Aneel é de 57%, o que fará a taxa sair de R$ 3,97 para R$ 6,23 Kwh.

Por fim, a bandei vermelha nível 2, com redução de 1,7%, deverá ficar mais barata, saindo de R$ 9,49 para R$ 9,33 por cada 100 kwh, mesmo com a redução, valor é 15% maior que a tarifa média aplicada na conta de luz.

Mesmo com o risco das revisões serem aprovadas, o diretor de regulação da Enel no Brasil, Luiz Gazulha, destaca que não há perspectivas para tais impactos serem sentidos pelos consumidores. Ele argumenta que não há no mercado a estimativa de uma nova adoção das tarifas extras devido normalização das chuvas nos reservatórios das hidrelétricas

"O aumento deste ano é um valor relevante, mas isso tudo é fruto da situação que vivemos em 2021 e que não se repetiram esse ano. Estamos com volumes normais de chuvas e com boas expectativas, tanto que foi antecipara a suspensão da bandeira vermelha", argumenta Luiz. 

O executivo da Enel argumenta ainda que para 2023, as tarifas da companhia deverão ser revisadas com redução nos valores cobrados aos consumidores. "Esperamos que as tarifas voltem a um patamar adequado de custos conforme temos vistos nos últimos anos já a partir de 2023", defende Luiz. 

Ele explica que para além da normalização dos recursos hídricos, em 2023 ocorrerá a revisão tarifária da companhia. Processo pelo qual a Aneel revisa detalhadamente todos os custos, gastos e tarifas da empresa. "Será um ano de tarifas bem menores aos consumidores", pontua o diretor da Enel no Brasil. 

"O custo da crise hídrica foi um custo nacional, todas as distribuidoras sofreram com isso, ainda teremos outros reajustes em todas as regiões do País", complementa o porta-voz da Enel. A empresa, por sua vez, encerrou a coletiva em tom ameno, destacando boas perspectivas para o ano de 2022 e pontuando que "em breve" voltará a se reunir com a imprensa para anúncio de "novos investimentos e parceiros".

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