BC: Encerrada reunião de Análise de Conjuntura do Copom

Terminou às 18h08 a reunião de Análise de Conjuntura do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. O encontro havia começado às 14h42. Participaram o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e seis diretores da instituição.

Pela manhã, eles já haviam se reunido para a sessão de Análise de Mercado, também no âmbito do Copom. Nesta quarta-feira (16), os dirigentes do BC têm mais uma rodada de discussões antes de decidirem o novo patamar da Selic (a taxa básica de juros), atualmente em 10,75% ao ano.

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No Copom de fevereiro, após elevar a Selic em 1,50 ponto porcentual, o BC indicou a intenção de reduzir o ritmo de alta dos juros básicos. Mas a reviravolta causada pela invasão da Ucrânia pela Rússia, com impacto nos preços de commodities, provocou nova rodada de piora das projeções de inflação em 2022, respingando em 2023, foco principal da política monetária, que vem se afastando do centro da meta (3,25%).

Na pesquisa do Projeções Broadcast, 44 de 53 instituições do mercado financeiro esperam alta de 1,00 ponto porcentual, para 11,75% ao ano. Oito veem aumentos maiores, seis de 1,25pp, a 12,00%, e dois de 1,50pp, a 12,25%, enquanto um estimativa aponta para elevação de 0,75 ponto porcentual, a 11,00%.

Caso a alta de 1,00 pp, para 11,75% ao ano, seja confirmada, os juros básicos atingirão o maior patamar desde abril de 2017, quando a taxa estava em 12,25%. Será a nona alta consecutiva neste ciclo de alta de juros, que começou em março de 2021, com a Selic na mínima histórica de 2%, acumulando 9,75 pontos de ajuste.

A última vez que houve nove aumentos seguidos (completando um ano de aperto) foi entre abril de 2013 e abril 2014, mas, naquela época, o avanço foi mais modesto, de 7,25% para 11,00%, ou 3,75 pontos porcentuais, em meio à campanha de reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Já o choque de juros deste ciclo já é o maior desde 1999, quando em meio à crise cambial, o BC aumentou a Selic em 20 pontos porcentuais de uma vez só.

O Copom se reúne esta semana com dois desfalques. Os indicados para as diretorias de Política Econômica, Diogo Guillen, e de Organização do Sistema Financeiro e Resolução, Renato Dias Gomes, ainda não foram sabatinados pelo Senado.

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