Petrobras reajusta preços da gasolina em 18,8% e diesel em 24,9%

Reajustes ocorrem após 57 dias sem aumentos e tem relação direta com a guerra da Rússia e Ucrânia

A Petrobras implementará a partir de amanhã, 11 de março, uma nova tabela de preços praticados para a venda de combustíveis para as distribuidoras. A variação no preço será aplicada sobre o litro da gasolina comum, com alta de 18,7%, e do óleo diesel, com acréscimo de 24,9%. A estatal ajustou ainda o preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o gás de cozinha, saindo de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilograma vendido às distribuidoras, um aumento de cerca de16%. 

Com os reajustes, a partir de amanhã, o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. Considerando os percentuais de composição de preço, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será de R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,54 por litro. 

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No caso do óleo diesel, o preço praticado pela Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro.

O último reajuste nesses combustíveis havia sido feito há 57 dias e conforme a Petrobras, o aumento "vai no mesmo sentido de outros fornecedores de combustíveis no Brasil que já promoveram ajustes nos seus preços de venda". No caso do gás de cozinha, não havia um reajuste por parte da Petrobras há 152 dias. 

"Esses valores refletem parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia. Mantemos nosso monitoramento contínuo do mercado nesse momento desafiador e de alta volatilidade", afirma a Petrobras.

Impacto da guerra da Rússia e Ucrânia nos combustíveis

O aumento implementado pela Petrobras ocorre em meio à escalada de preços do petróleo no mercado internacional diante da instabilidade gerada na oferta do produto com o conflito armado da Rússia com a Ucrânia. 

A invasão da Rússia à Ucrânia elevou o preço do barril de petróleo tipo brent, referência ao mercado e produzido essencialmente no leste europeu, ao maior patamar desde 2014, superando os US$ 110 (dólares americanos). 

A Petrobras destaca ainda que monitora os preços praticados internacionalmente de forma regular e pontua que os reajustes são necessários para "o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras". 

A estatal reconhece ainda a instabilidade na oferta de petróleo no mercado internacional gerada pela guerra na Ucrânia pode gerar novos reajustes caso os países do ocidentes não tomem ações que busquem o equilíbrio econômico entre os agentes importadores de petróleo e derivados. 

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