Invasão da Rússia à Ucrânia: petróleo passa os US$ 100; maior valor desde 2014

O preço teve alta acelerada assim que o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou a invasão e acumula variação de 7,72% em menos de 12 horas

início dos ataques da Rússia à Ucrânia já repercute no cenário econômico mundial, em especial na cadeia de exploração do petróleo. Pela primeira vez desde setembro de 2014, o preço do barril de petróleo ultrapassou o patamar de US$ 100 (dólares). O preço teve alta acelerada assim que o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou a invasão. 

O barril do Brent, petróleo extraído em regiões da Europa e Ásia, alcançou os US$ 100,04 já nas primeiras horas da madrugada desta quinta-feira, 24 de fevereiro. Às 8h34min desta manhã, o preço chegou ao patamar de US$ 101,30 com projeções de altas ainda maiores ao longo do dia. 

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A variação do preço com relação ao último fechamento do mercado na quarta-feira, 23, já soma um encarecimento do produto em 7,72%, o que intensifica as projeções de crise econômica global em decorrência do risco de um conflito em larga escala no leste europeu após a invasão da Rússia à Ucrânia.

A ameaça de uma conflagração desatou os temores sobre o abastecimento de produtos básicos chave, como trigo e metais, em meio a uma demanda crescente com a reabertura das economias após os fechamentos provocados pela pandemia.

Nas últimas semanas, o preço do petróleo vinha em alta até que nesta quinta-feira o Brent superou a marca dos 100 dólares pela primeira vez desde setembro de 2014.

"As tensões russo-ucranianas provocam um possível choque de demanda (na Europa) e um choque maior no abastecimento para o restante do mundo, em vista da importância da Rússia e da Ucrânia para (o setor de) a energia", declarou Tamas Strickland, do National Australia Bank.

Confira vídeo do início dos ataques da Rússia à Ucrânia 

A bolsa de valores de Moscou, mesmo após suspensão das atividades durante a madrugada, amarga queda de 30%, enquanto a moeda russa, o rublo, atinge a menor cotação da história. (Com informações da AFP)

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