Gastos com educação puxaram prévia da inflação na Grande Fortaleza, aponta IBGE

As maiores variações vieram do ensino superior (9,59%), da pré-escola (9,34%), Educação de jovens e adultos (7,99%), do ensino médio (7,09%) e da creche (6,04%)

A prévia da inflação oficial na Grande Fortaleza, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), foi puxada pelo grupo educação em fevereiro. 

Ficou em 0,84% no mês fevereiro, figurando 0,21 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de janeiro (0,63%). É a terceira menor variação entre as demais regiões que fazem parte da pesquisa divulgada nesta terça-feira, 23, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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No ano, acumula alta de 1,47% e, em 12 meses, de 10,55%, abaixo dos 10,67% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2021, a taxa havia sido de 0,95%. 

Em Fortaleza e Região Metropolitana oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados encareceram. A exceção foi vestuário, cujos preços recuaram 0,63%, após a alta de 2,08% verificada em janeiro.

Além do grupo educação, com a maior variação (5,99%), pesaram mais no bolso do consumidor os grupos artigos de residência (1,94), que acelerou na comparação com o mês anterior (1,49%), e transportes, que subiu 0,78% após queda de 0,25% em janeiro. Os demais grupos ficaram entre 0,09% de habitação e 0,73% da alimentação e bebidas.

A maior alta, educação, teve um impacto de 0,36 p.p. no IPCA-15, dos quais 0,35 p.p. vieram da alta dos cursos regulares (7,02%), por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. As maiores variações vieram do ensino superior (9,59%), da pré-escola (9,34%), educação de jovens e adultos (7,99%), do ensino médio (7,09%) e da creche (6,04%).

Como em seguida veio o grupo artigos de residência, com alta de 1,94% em fevereiro, acelerando em relação ao resultado verificado em janeiro (1,49%), a pesquisa mostra que as maiores altas vieram de eletrodomésticos e equipamentos (2,97%), TV, som e informática (2,92%) e mobiliário 1,78%).

Já o grupo alimentação e bebidas, este que possui o maior peso no indicador, apresentou os seguintes destaques: variação de 13,98% em tubérculos, raízes e legumes e de 3,26% nos panificados. As baixas focaram por conta de cereais, leguminosas e oleaginosas (-2,22%) e aves e ovos (-1,03%).

No Brasil, à exceção de Porto Alegre (-0,11%), todas as áreas pesquisadas tiveram alta em fevereiro. O maior resultado ocorreu na região metropolitana de São Paulo (1,20%), influenciado pelos encarecimentos dos cursos regulares (6,39%) e dos automóveis novos (2,24%). Na região metropolitana de Porto Alegre (-0,11%), o resultado foi puxado pela energia elétrica (-7,05%) e pela gasolina (-4,89%).

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