Mercado imobiliário deve ficar estável se houver ajuste no CVA, prevê CBIC
As vendas e lançamentos de imóveis residenciais no País devem ficar estáveis em 2022 frente a 2021, em termos de unidades, de acordo com projeção da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). A expectativa é de melhora das operações dentro do programa Casa Verde e Amarela (CVA) e uma queda nos mercados de médio e alto padrão. A CBIC não detalhou as projeções por segmento.
Uma das premissas para haver estabilidade é a aprovação de uma nova curva de subsídios para o CVA, cujas operações encolheram nos últimos meses do ano passado devido às pressões de aumento de preços e perda de poder de compra da população de baixa renda.
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"Se isso acontecer (ajuste na curva de subsídios), então deveremos ter ano de estabilidade no número de unidades comercializadas no País", estimou o presidente da Comissão Imobiliária da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Celso Petrucci. "Se tivermos o ajuste, acredito que as operações do Casa Verde e Amarela devem subir substancialmente e compensar as demais operações do mercado imobiliário", complementou.
Embora não tenha detalhado a perspectiva de desempenho por segmento, Petrucci citou que a visão da CBIC está em linha com a projeção divulgada pelos bancos que concedem financiamento imobiliário.
No último mês, a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) estimou alta de 30% no crédito via Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que abastece o Casa Verde e Amarela. E para os financiamentos via funding da caderneta de poupança, que atende imóveis de médio e alto padrão, a previsão é de baixa de 5% - impactada principalmente pelos juros mais altos.
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