Grupo Alimentação e Bebidas sobe 1,11% e tem impacto decisivo no IPCA de janeiro
A inflação de janeiro, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi puxada majoritariamente por alimentos. Da alta de 0,54%, 0,23 ponto porcentual (p.p.) foi acrescentado pelo avanço de 1,11% no grupo Alimentação e Bebidas, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo André Guedes, analista do IBGE, a alta na inflação de alimentos foi puxada pela alimentação no domicílio, especialmente porque o avanço desses preços acelerou em janeiro ante dezembro. A alimentação no domicílio passou de alta de 0,79% em dezembro para 1,44% em janeiro. Os destaques foram os preços das frutas e das carnes, informou Guedes.
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"Fatores climáticos influenciam na quantidade ofertada e na qualidade, influenciando nos preços", disse Guedes, citando o excesso de chuvas no Sudeste e no Nordeste e a seca no Sul.
Conforme o IBGE, as frutas ficaram 3,40% mais caras e as carnes subiram 1,32%, puxando a inflação de alimentos, "embora tenham registrado altas menos intensas em relação ao mês anterior (8,60% e 1,38%, respectivamente)". Sozinho, o item "carnes" acrescentou 0,04 ponto porcentual (p.p.) na variação agregada do IPCA de janeiro.
Já os preços do café moído (4,75%) subiram pelo 11º mês consecutivo, acumulando alta de 56,87% nos últimos 12 meses.
Segundo o IBGE, outros destaques foram a cenoura (27,64%), a cebola (12,43%), a batata-inglesa (9,65%) e o tomate (6,21%).
Na contramão, houve recuos nos preços do arroz (-2,66%), do frango inteiro (-0,85%) e do frango em pedaços (-0,71%).
A pressão da inflação de alimentos só não foi maior porque a alimentação fora do domicílio desacelerou de uma alta de 0,98% em dezembro de 2021 para um avanço de 0,25% em janeiro.
A refeição passou de 1,08% em dezembro para 0,44% em janeiro, enquanto o lanche passou de 1,08% em dezembro para -0,41% em janeiro.