Gás natural no Porto do Pecém: BP Gas&Power assina memorando para hub

Empresa britânica atua em mais de 70 países e está no Brasil há 50 anos. No Ceará, prepara a instalação de dois parques solares em Milagres e Icó

O Governo do Ceará e a britânica BP Gas&Power assinaram um memorando de entendimento para que a empresa componha o hub de gás natural planejado para o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp). A intenção é de que a empresa monte um terminal para atender a demanda do Estado, no Pecém. O documento foi assinado pela vice-governadora Izolda Cela, que substituiu o governador Camilo Santana, e o presidente da BP no Brasil, Mario Lindenhayn.

A reunião acontece três dias depois do governo cearense ter encontro com a Save On Energy, que confirmou a instalação de uma térmica a gás natural no Cipp. O empreendimento, estimado em torno de R$ 5 bilhões, é o segundo maior já feito no Estado e tem previsão de gerar mais de 3 mil empregos.

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O Estado ainda deve contar com outro empreendimento do tipo, do consórcio Portocém - liderado pela Ceiba Energy -, que se sagrou vencedor do leilão de energia no fim do ano passado e deve investir R$ 4,2 bilhões até julho de 2026, quando deve entrar em operação.

“A equipe da BP já conhece todas as condições oportunizadas pelo Ceará. Acredito que esse terminal seja apenas o início para a BP, o Ceará e o Brasil. Será algo muito importante para o Nordeste. O Ceará hoje é um ambiente bem estruturado para receber empresas globais, é o estado que mais cresce no Brasil. Estaremos mobilizados para atender todos os processos desse projeto”, pontuou o secretário Maia Júnior (Desenvolvimento Econômico e Trabalho).

Reforçando o dito por Maia, o presidente da empresa britânica destacou que "o hub de gás pode possuir capacidade instalada de cerca de 2.2 GW, o que seria suficiente para abastecer 10 milhões de residências e gerar por volta de 5 mil empregos durante a construção."

“Partimos de uma matriz energética das mais renováveis. É importante entender essas oportunidades e trabalhar em conjunto para que o país assuma sua capacidade de representar todo seu potencial em energias renováveis. Diante disso, o Estado do Ceará faz parte de uma região-chave para a nova estratégia da BP”, comentou o executivo.

No Ceará, a empresa investiu R$ 1,4 bilhão para a implantação de dois parques solares fotovoltaicos nos municípios de Milagres e Icó.

Empresa líder do setor

De acordo com o comunicado do governo cearense, "o grupo a que pertence a BP é líder no setor de energia e está presente em 70 países." No Brasil há mais de 50 anos, atua nos segmentos de exploração e produção de petróleo e gás natural, distribuição de combustíveis de aviação pela Air BP, lubrificantes por meio da Castrol, comercialização de energia com a BP Comercializadora de Energia, além de atuar via joint-ventures em biocombustíveis e bioenergia (bp Bunge Bioenergia), tancagem e logística de combustíveis (Opla), energia solar (Lightsource bp), geração termoelétrica (GNA) e distribuição de combustíveis marítimo (NFX).

“Temos a ambição de ser uma empresa neutra em carbono até 2050 e o gás faz parte deste processo. Como importante combustível da transição, o gás agrega confiabilidade ao sistema, compensando a intermitência de algumas fontes renováveis. A longo prazo, vemos o gás descarbonizado como um componente essencial de um futuro neutro em carbono”, afirmou Federica Berra, vice-presidente sênior da empresa.

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