Bolsonaro atribui inflação a 'fique em casa' e ataca PT ao falar sobre Petrobras
O presidente da República, Jair Bolsonaro, atribuiu a inflação registrada no ano passado, uma alta de 10,06%, às políticas de isolamento social na pandemia de covid-19. Além disso, durante entrevista a uma rádio no Ceará, o chefe do Executivo negou a possibilidade de interferir na Petrobras para diminuir o preço dos combustíveis e atacou os governos do PT pelas dívidas da estatal.
"A energia elétrica na Europa, quase 30 países, a inflação de 2020 a 2021 em euro ultrapassou 300%. O gás também chega na casa dos 400%, a pandemia levou a esse estado de coisas", disse Bolsonaro durante entrevista gravada à Rádio Uirapuru Jaguaribana, do Ceará.
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Ao citar a expressão "fique em casa, a economia a gente vê depois", o presidente criticou as medidas de isolamento social orientadas pelas autoridades sanitárias. "Chegou a conta para a gente pagar", afirmou, ao declarar ter sido "o único chefe de Estado do mundo que foi contra essa política". "Se o agronegócio estivesse submetido aos governadores, mais do que inflação teríamos uma coisa pior, desabastecimento do Brasil."
Mesmo após os governadores congelaram a cobrança do ICMS sobre os combustíveis, o presidente voltou a atribuir ao imposto estadual o impacto do aumento do preço da gasolina no País. Além disso, ele afirmou que o aumento do petróleo no exterior e a oscilação do dólar também acabam impactando, mas que não vai interferir na Petrobras. "Não tenho esse poder que eu vou responder criminalmente. Então, o preço do combustível, está caro, está, mas o grande vilão chama-se ICMS."
Sobre o gás de cozinha, ele sugeriu que os governadores zerassem a cobrança do imposto para reduzir os preços às famílias.
Enquanto o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva lidera as pesquisas de intenção de voto para o primeiro turno das eleições presidenciais, Bolsonaro voltou a atacar os governos do PT pela situação da Petrobras, alvo de investigação durante o escândalo do Mensalão e a Operação Lava Jato.
De acordo com Bolsonaro, os petistas deixaram uma "dívida monstruosa" na estatal e a "roubalheira foi enorme". "Quem vai pagar essa conta? É você que bota combustível no seu carro."
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