Pelo menos 20 agências bancárias fecham no Ceará após aumento de casos de Covid

O levantamento é do Sindicato dos Bancários do Ceará. De acordo com o presidente da entidade, Carlos Eduardo Bezerra, essas ocorrências começaram a se intensificar desde a última quarta-feira, 5

19:42 | Jan. 11, 2022

Por: Irna Cavalcante
AVISOS sobre casos são fixados nas portas das agências (foto: divulgação)

No Ceará, aproximadamente 20 agências bancárias foram fechadas nesta terça-feira, 11, por conta de casos de contaminação de Covid-19 ou Influenza em funcionários. O levantamento é do Sindicato dos Bancários do Ceará.

O presidente do Sindicato, Carlos Eduardo Bezerra, alerta, no entanto, que esse número pode ser ainda maior, considerando que há dificuldade de obter informações junto a algumas instituições financeiras e as notificações estão ocorrendo, principalmente, a partir dos relatos dos próprios funcionários e do monitoramento que está sendo feito pelos dirigentes sindicais.

Segundo ele, há relatos de bancos com pelo menos 150 funcionários afastados. E também denúncias de que há funcionários que permanecem em atividade mesmo com sintomas.

“Era para ter fechado mais agência até. Estamos recebendo denúncias de gente que está trabalhando mesmo doente. O que não era para ocorrer porque o protocolo que negociamos diretamente com os bancos é de que neste caso fecha a agência, bota o pessoal para testagem, desinfecta a agência para poder reabrir com segurança”.

 Ele explica que o tempo que uma agência permanece fechada em razão de surtos de Covid ou de Influenza entre os funcionários pode variar bastante. Inclusive, de um dia para outro. Isso porque são ocorrências que dependem dos protocolos específicos adotados pela instituição financeira, do perfil da agência, da quantidade de funcionários afastados por sintomas e das funções que eles exercem. 

Há casos acompanhados pelo Sindicato, por exemplo, em que foi possível que a agência retomasse as atividades em segurança em três horas, mas, por outro lado, já teve unidade que permaneceu fechada por pelo menos três dias porque novos casos foram surgindo.

Bezerra explica que esse tipo de monitoramento começou a ser feito pelo Sindicato dos Bancários desde março de 2020, quando começou a pandemia, mas neste ano, esse movimento de fechamento de agências em razão do afastamento do trabalhador começou a se intensificar desde a última quarta-feira, dia 5.

“É um número muito grande. O que a gente percebe é que esse surto de contaminação que a gente vê nesse começo de 2022 tem uma velocidade de contágio muito grande. O que obviamente atemoriza os trabalhadores e traz a obrigação dos bancos de não expor seus funcionários e clientes a situações de saúde que não dá para controlar. Por isso, o mais prudente nesses casos, é mesmo o fechamento da agência”.

Ele reforça que, em razão do aumento de casos, o Sindicato tem circulado em frente às agências bancárias em Fortaleza com carro-som alertando sobre essas situações, os riscos da pandemia e protocolos de prevenção. “Porque ainda tem muita gente que acha que a pandemia acabou, que está tudo normal, quando não está”.

Procurada pelo O POVO, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) informou que não tem levantamento de casos de agências fechadas em razão do afastamento de funcionários por Covid ou outras síndromes respiratórias.

(com informações de Laura Beatriz)