Último dia do ano registra fraca movimentação no comércio de Fortaleza
O POVO percorreu as ruas do Centro da Capital por duas horas na manhã desta sexta-feira, 31 de dezembro, e constatou baixa intenção de consumo no comércio de ruaCom a manhã do último dia do ano marcada por um templo entre nublado e chuvoso, o comércio de rua de Fortaleza deve fechar 2021 com movimentação abaixo do esperado. O POVO percorreu as ruas do Centro da Capital por duas horas na manhã desta sexta-feira, 31 de dezembro.
Houve uma forte procura por serviços de telefonia móvel e também de regularização da situação com as companhias de fornecimento de água e energia. A busca por itens de vestuário para receber 2022, bem como a troca de presentes que não serviram corretamente, foi o principal motivo que conduziu os cearenses ao Centro de Fortaleza.
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Ainda que a movimentação de potenciais clientes tenha aumentado ao longo da manhã, com a trégua da chuva, as compras, na maioria das vezes não se concretizaram. Dono de uma banca de roupas próxima a Praça do Ferreira, o feirante Edson Castelo atua na região há 30 anos, destaca que o movimento deste fim de ano está sendo menor do que o registrado na passagem de 2020 para 2021, no auge da pandemia de Covid-19.
"O movimento tá muito fraco, a gente esperava vendas bem melhores. Mas acho que as condições financeiras de todo mundo está difícil, muita gente comprou várias coisas no Natal e não vai comprar nada pra virada", detalha. Ele revela ainda que as pessoas que decidiram ir ao centro comercial de Fortaleza em busca principalmente de roupas e sapatos para o fim de ano, mas que dificilmente estão comprando.
O fôlego das vendas de Natal que foram melhores que a do ano anterior nutrem as esperanças de um movimento maior para o começo de 2022. "A gente espera que ano que vem tudo melhores, com o décimo terceiro salário, as vendas de Natal foram até mais ou menos, mas essa semana do ano novo não rendeu nada. Mas temos fé que em 2022 deve melhorar", destaca em tom esperançoso.
"As pessoas olham, gostam, perguntam o preço e depois desistem de comprar. Uma bermuda que a gente vendia por R$ 50, estamos vendendo por R$ 40, mas as pessoas ainda acham caro e não compram", revela. Edson destaca que o movimento fraco frustrou os vendedores que enfrentaram as chuvas para abrir seus quiosques e lojas.
Uma das apostas dos lojistas e comerciantes de rua para tentar atrair os clientes são ofertas e os saldos de fim de ano, mas ainda assim, as promoções nem sempre são suficientes para convencer os clientes a comprarem os produtos.
Uma das fortalezenses que decidiu ir às compras no último dia do ano foi a doméstica Sonia Maria Silva de 47 anos. Ela destaca que as placas de oferta são decisivas na hora de escolher em qual loja procurar a roupa perfeita para receber o ano de 2022. "Estou pesquisando preço faz dias, desde o Natal para cá eu já vim no Centro três vezes e olhei em shoppings também, mas os preços estão bem complicados, temos que pesquisar bastante para conseguir comprar alguma coisa", afirma.
Com preços mais atrativos que as lojas de shopping, Sonia acredita que assim como ela, diversas outras pessoas ainda passem pelo Centro de Fortaleza, mas confessa ainda ter dúvidas sobre a compra. "Os preços aqui estão melhores, mas ainda não sei se vou levar, preciso achar algo dentro das minhas condições, e tudo tá tão caro, principalmente os outros gastos, alimentação principalmente né", complementa.
E para 2022, além de saúde e o fim da pandemia, o pedido da doméstica nas rezas de boas-vindas para o ano novo incluem a redução de nos preços dos produtos e alimentos. "Eu peço muito à Deus que acabe com essa doença, que as coisas melhores pra gente, os preços também, tudo tá tão pesado. Mas que esse ano traga isso, melhoras para gente, em todos os sentidos", finaliza.
Além das compras, muitos consumidores decidiram visitar o centro da Capital nesta manhã para realizar uma aposta no sorteio da Mega Sena da virada de ano, com prêmio estimado em R$ 350 milhões.