Ceará projeta 12,5 mil empregos com investimento público-privado de R$ 7 bi em saneamento
Estado busca R$ 7 bilhões em investimentos para saneamento com parcerias público-privada com geração de 12,5 mil empregos na Grande Fortaleza e no Cariri
10:47 | Dez. 16, 2021
Para viabilizar coleta e tratamento de esgoto para 1,6 milhão de cearenses até 2023, o Governo do Ceará abre nesta quinta-feira, 16 de dezembro, consulta pública de Parcerias Público-Privada (PPP) com empresas do setor. Objetivo é conseguir aplicação de R$ 7 bilhões de investimentos em saneamento em 23 municípios na Grande Fortaleza e no Cariri até o fim da concessão.
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A concessão pública terá validade de 30 anos com arrecadação R$ 3,2 bilhões nos cinco primeiros anos de validade do projeto. O projeto prevê ainda aumento na arrecadação de todos os municípios envolvidos com geração de 12,5 mil empregos diretos e indiretos no Estado.
Projeto conta com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e prevê ampliar a coleta e tratamento de esgoto de 58,9% para 95% da população da região. O leilão da concessão para tratamento de esgoto está previsto para ocorrer no primeiro trimestre de 2022 com a garantia de que o fornecimento de água seguirá sob responsabilidade da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece).
Interessados em realizar tirar dúvidas ou fazerem sugestões para o plano de parceria público-privado podem contribuir até o dia 15 de janeiro de 2022 por meio do site da Cagece. Além disso, o projeto reduzirá a degradação do meio ambiente com a coleta e tratamento do esgotamento sanitário.
“A PPP de esgotamento sanitário do Ceará é um projeto estruturante do Governo do Estado e representa mais uma entrega do BNDES para contribuir com a universalização do saneamento no Brasil, proporcionando investimentos, desenvolvimento econômico e melhoria da qualidade de vida para o povo cearense”, explica Cleverson Aroeira, superintendente da Área de Estruturação de Parcerias de Investimentos do Banco.
O BNDES estima ainda ganhos nas áreas da saúde, aumento da qualidade de vida dos moradores da região beneficiada pela parceria público-privada, além de aumentar a atratividade turística e imobiliária dos municípios. "Deve haver melhorias na saúde, principalmente de crianças, com a diminuição da mortalidade infantil e a contenção de doenças, especialmente as de veiculação hídrica", complementa a entidade.