Sindiônibus estima 50% de aumento na passagem de ônibus em 2022
Caso o aumento de 50% seja repassado integralmente aos usuários do transporte público de Fortaleza, o preço da passagem subirá de R$ 3,60 para R$ 5,40. Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), no entanto, disse que a revisão tarifária do transporte público coletivo urbano de Fortaleza ainda está em estudoA tarifa de ônibus em Fortaleza poderá ter aumento de 50% em 2022. O valor pode ainda ser maior caso não haja um acordo com a gestão municipal sobre financiar, de forma permanente, uma parcela de custos do setor em relação às tarifas. É o que avalia o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus), Dimas Barreira, em entrevista à rádio O POVO CBN, nesta sexta-feira, 10.
Caso o aumento de 50% seja repassado integralmente aos usuários do transporte público de Fortaleza, o preço da passagem subirá de R$ 3,60 para R$ 5,40. O presidente do Sindiônibus avalia o cenário conforme alerta da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU). Ele destaca que com a perda de produtividade devido à pandemia da Covid-19, aliada à inflação e às altas dos combustíveis, o repasse ao usuário pode ser igual ou superior a 50%, dependendo da cidade brasileira.
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De acordo com Dimas, havendo um acordo equilibrado com a Prefeitura de Fortaleza sobre o financiamento de uma parcela dos custos do setor, esse aumento poderá ser o mínimo possível. “A prefeitura precisa internamente fechar esse estudo (financiamento dos custos do setor) e ver o quanto ela vai poder contribuir e quanto realmente é tarifa. Tenho convicção que a tarifa aqui vai ser a menor possível", disse. Na Capital, a tarifa não sofre reajuste há três anos.
Em nota enviada ao O POVO, na tarde desta sexta-feira, 10, a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) disse que a revisão tarifária do transporte público coletivo urbano de Fortaleza está em estudo.
Medidas nas demais regiões
Nos estados de Goiás e Rio de Janeiro, algumas ações emergenciais adotadas durante a pandemia para garantir a oferta de transporte público sem aumentos nas tarifas estão se tornando políticas públicas permanentes. Nas duas regiões, o poder público assumirá parte dos custos da tarifa, na forma de subsídios pagos aos usuários dos serviços.
Em Goiás, um projeto de lei propõe a redefinição da política tarifária, com a flexibilização do custo das passagens do sistema de transporte coletivo e a separação entre tarifa técnica, que remunera o custo do serviço para as empresas operadoras, da tarifa pública, paga pelo passageiro. Caso o custo do serviço supere o valor arrecadado com a tarifa, a diferença será coberta pelo poder público.
No caso do Rio de Janeiro, uma lei complementar também adota a separação da tarifa técnica da tarifa pública, e prevê fontes diferenciadas de recursos para subsidiar o custeio do sistema municipal de ônibus. Conforme a lei, caso o poder público opte pela adoção de subsídio tarifário, ele deverá ser coberto por receitas extratarifárias, receitas alternativas ou subsídios orçamentários, dentre outras fontes, instituídas pelo poder concedente.
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