Renda média mensal do cearense aumenta 4,3% em um ano e se torna 3ª maior do Nordeste
No Nordeste as duas maiores rendas mensais são dos estados do Rio Grande do Norte, com patamar de R$ 1.768 e de Sergipe, com média R$ 1.677 por mêsCom rendimento médio mensal de R$ 1.667, o cearense possuía a terceira maior média de renda mensal entre os nove estados da região Nordeste em 2020. As informações fazem parte da Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar Contínua 2020 divulgada nesta sexta-feira, 19, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pelo levantamento, a renda média dos trabalhadores do Ceará apresenta crescimento de 4,3% entre 2019 e 2020, o percentual representa um aumento de R$ 69 em média.
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Apesar do avanço, os cearenses seguem com ganhos médios mensais abaixo do patamar nacional de R$ 2.213. No Nordeste as duas maiores rendas mensais são dos estados do Rio Grande do Norte, com patamar de R$ 1.768 e de Sergipe, onde as famílias ganham em média R$ 1.677 por mês no somatório de todas as fontes de renda.
Já na consideração de todas as fontes de rendas das pessoas em idade apta a algum tipo de trabalho e desconsiderando a dependência de programas sociais, o valor da renda média em 2020, no Ceará, sobe para R$ 1.845, sendo o maior de toda a série e 10,2% maior que o registrado em 2019 (R$ 1.674). Apesar disso, permanece abaixo da média nacional de R$ 2.447 para o mesmo comparativo.
Do total de 5,4 milhões de cearenses com algum tipo de renda, apenas 3,2 milhões tinham a renda associada algum tipo de trabalho, seja com carteira assinada ou no mercado informal. Número apresenta uma redução de 400 mil pessoas, ou seja, a quantidade de cearenses que tinha renda vindo de alguma atividade de trabalho caiu 12,5% em meio à crescente do desemprego.
Por outro lado, o número de cearenses que tinha renda dependente de programas sociais aumentou 20,8% saindo de 2,4 milhões em 2019 para 2,9 milhões em 2020. A categoria inclui seguro-desemprego/seguro-defeso, programas sociais do governo e abarca assim o Auxílio Emergencial. Conforme o IBGE, cerca de 32,1% das pessoas que moravam no Ceará até fim de 2020 tinham a renda dependente de programas sociais.
O instituto destaca, porém, que tal redução não foi um fenômeno exclusivo do Ceará, ocorrendo em todas as demais unidades federativas do Brasil. No Brasil, a dependência das famílias de rendas vindo de outras fontes, como as medidas emergenciais criadas durante a pandemia, aumentou de 12,2% da população para 19,2%, afetando assim 1,8 milhão de pessoas em 2020.
Ainda assim, o retrato da desigualdade social no Estado acende alerta. Conforme levantamento do IBGE, os mais ricos do estado, representando 1% da população com maiores ganhos no Estado, possuem, em média, renda mensal 40,5 vezes maior do que o rendimento da metade da população as menores rendas.
Dessa forma, o 1% mais rico da população do Ceará ganhavam em média mais de R$ 12 mil por mês enquanto a parcela mais pobre do Estado tinha renda média mensal de R$ 314 durante o ano de 2020.
Se considerarmos apenas o rendimento médio mensal relacionado a atividade de trabalho, desconsiderando rendas provenientes de pensões, aposentadorias, benefícios sociais, a renda média por pessoa no Nordeste cai para R$ 891.
Na região, o percentual de pessoas que possuíam renda relacionadas a outras fontes foi de 19,7%, o maior registrado no País. Isso significa de toda população cearense com algum tipo de renda em 2020, 19,7% eram renda relacionada a benefícios sociais. Neste mesmo comparativo, outros 11,6% são referentes aqueles que recebem aposentadoria ou pensão governamental.
As maiores rendas médias por mês estão concentradas nas regiões Sul e Sudeste do País. Em São Paulo, no ano de 2020, o patamar de ganhos mensais chega em média a R$ 2.849 e no Rio de Janeiro a R$ 2.701. Ainda assim, a maior renda média registrada pela pesquisa foi encontrada no Distrito Federal, onde as famílias viviam em média com R$ 3.974 por mês.
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