Trabalho por conta própria e subocupação batem recorde no Brasil

Os desalentados, pessoas que desistiram de procurar trabalho devido às condições estruturais do mercado, tiveram uma redução de 6,4% no trimestre fechado em agosto

11:20 | Out. 27, 2021

Por: Samuel Pimentel
FORTALEZA, CE, BRASIL, 30-09.2021: Prac1a do Ferreira. Desemprego no Brasil chega a 14,1 mi de brasileiros. em epoca de COVID-19. (Foto:Aurelio Alves/ Jornal O POVO) (foto: Aurelio Alves)

Mais de 3,9 milhões de trabalhadores precisaram aderir ao trabalho por conta própria em um ano. Isso fez com que o quantitativo de trabalhadores nesta condição batesse recorde no trimestre encerrado em agosto e chegasse aos 25,4 milhões no Brasil. Os dados são da Pnad Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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No trimestre encerrado em agosto, o trabalho doméstico também bateu recorde. No período, ele aumentou 9,9%, somando 5,5 milhões pessoas. Frente ao mesmo período do ano anterior, cresceu 21,2%, um adicional de 965 mil pessoas. As expansões trimestral e anual foram as maiores em toda em toda a série histórica da ocupação dos trabalhadores domésticos, destaca o IBGE.

De acordo com dados, desemprego recuou para 13,2%, mas, ainda atinge cerca de 13,7 milhões de pessoas no País.

No entanto, o País vê o número de trabalhadores subocupados também bater recorde. Segundo os dados da Pnad Contínua, o contingente de trabalhadores em condição de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas - que são aqueles que trabalham menos horas do que poderiam, atingiu novo recorde: 7,7 milhões.

Isso representa um aumento de 4,7%, com mais 343 mil pessoas. Em relação ao ano anterior, o indicador subiu 29,2%, quando havia no país 6,0 milhões de pessoas subocupadas.

Desalentados

Os desalentados (5,3 milhões), pessoas que desistiram de procurar trabalho devido às condições estruturais do mercado, tiveram uma redução de 6,4% no trimestre fechado em agosto, em relação ao trimestre encerrado em maio. Em relação ao mesmo período do ano passado, esse contingente teve uma redução de 8,7%, quando havia no país 5,9 milhões de pessoas desalentadas no Brasil, apontam os dados do IBGE.