Leilão 5G: Brisanet confirma participação e envia proposta

Envelope deve ser aberto no próximo dia 4 de novembro, na segunda etapa do leilão feita pela Anatel

16:19 | Out. 27, 2021

Por: Armando de Oliveira Lima
Necessidade de mais antenas para o 5G é prevista na legislação da capital cearense (foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A cearense Brisanet confirmou a participação no Leilão de 5G hoje ao enviar a proposta para a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Esta quarta-feira, 27, era o prazo para envio dos documentos que devem ser abertos no próximo dia 4 de novembro.

O foco da empresa é a frequência de 3,5 GHz, que foi identificada como o bloco Nordeste. Desde antes da publicação do edital, a Brisanet já havia informado do interesse em trabalhar a nova geração de telefonia móvel apenas nos estados nordestinos.

"Dispondo de uma infraestrutura de rede de fibra óptica consolidada, a telecom nordestina é uma das principais Provedoras de Pequeno Porte (PPPs) a participar do leilão e apresentou, hoje, a sua proposta para o lote regional 3,5 GHz no Nordeste, que carrega o compromisso de levar internet para todos os municípios da região", reforçou, em nota, a empresa.

A meta é que, a partir de julho do próximo ano, a frequência já esteja em operação em Fortaleza e todas as capitais do País. 

Como vai ser o leilão do 5G

Com a aprovação da versão definitiva do edital do 5G em setembro, a Anatel divulgou os valores atualizados do leilão. O certame vai movimentar R$ 49,7 bilhões, sendo R$ 10,6 bilhões na forma de outorgas e R$ 39,1 bilhões em compromissos com a implementação das redes. 

O valor representa um aumento de 13% em relação ao valor estimado na minuta do edital finalizada pela Anatel em fevereiro e encaminhada para a revisão do Tribunal de Contas da União (TCU).

"Conseguimos fazer um leilão não arrecadatório", ressaltou o ministro das Comunicações, Fábio Faria, que participou da coletiva. Ao contrário dos leilões de radiofrequência anteriores, o próximo certame terá a maior parte dos valores destinados a investimentos para construção das próprias redes em vez de arrecadação de recursos para os cofres públicos.

Esta será a maior oferta de espectro da história no País, com a licitação das radiofrequências nas faixas de 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz.