Setor de moda projeta movimentar R$ 4,81 bilhões no Ceará até o fim de 2021

Montante supera o de 2020, mas ainda está abaixo de 2019, segundo o IPC Maps

18:01 | Out. 12, 2021

Por: Redação O POVO
O setor foi o de maior número de empresas abertas no Estado no 3º tri deste ano (foto: Aurelio Alves)

Polo de moda reconhecido nacionalmente, o Ceará deve movimentar R$ 4,81 bilhões no setor até o fim de 2021, segundo projeções da IPC Maps. Assim como no País, cujo potencial de consumo medido no levantamento somou R$ 169,3 bilhões, o montante é encarado como uma reação do setor aos estímulos da retomada.

A medição feita com base em dados oficiais indica ainda uma preferência dos consumidores pelo setor de vestuário confeccionado (R$ 3,18 milhões), seguida de calçados (R$ 1,39 milhões) e joias e bijuterias (R$ 231,10 mil).

O setor também representou o de maior número de empresas abertas no Estado no terceiro trimestre do ano, segundo a Junta Comercial do Ceará. Foram 1.080 novas empresas de um total de 30.191 novos CNPJs entre julho, agosto e setembro.

Entre as classes de consumo, as D/E (R$ 1 milhão) lideram as intenções de compras no Estado seguidas de perto por C1 (R$ 994,64 milhões), C2 (R$ 947,27 milhões) e B2 (R$ 929,66 milhões). As quatro representam a maior fatia para o setor, com larga vantagem sobre B1 (R$ 610,77 milhões) e A (R$ 323,53 milhões).

Acima de 2020, mas abaixo de 2019

Os números de consumo projetados pelo IPC Maps indicam ainda um avanço de 5,88% sobre o resultado do ano passado. Em 2020, o setor de moda cearense contou com um consumo total de R$ 4,54 bilhões.

Diferente de 2021, as compras estiveram concentradas entre as classes medianas da pirâmide, na qual B2 (R$ 936,15 milhões) e C1 (R$ 920,47 milhões) lideram o consumo.

No entanto, o setor de moda do Ceará ainda não conseguiu alcançar os números pré-pandemia. Em 2019, foram R$ 6,41 bilhões consumidos entre vestuário, calçados e joias/bijuterias, de acordo com o IPC Maps.

Comparado a 2021, há uma queda de 25,03% a ser contabilizada. Naquele ano, as classes da base da pirâmide (D/E, C1 e C2 e B2) consumiram mais, todas acima do R$ 1 bilhão.

No País

O movimento observado no Ceará é semelhante ao nacional, uma vez que a projeção para setor de moda neste ano é de R$ 169,3 bilhões - um avanço de 13,54% sobre 2020, que contabilizou R$ 149,1 bilhões.

Mas, em 2019, de acordo com o IPC Maps, o potencial de consumo da moda chegou a R$ 210,6 bilhões - 19,6% maior do que o previsto para 2021.