Conexão de Impacto vai impulsionar ecossistema ESG no Ceará
O evento, que será realizado nos dias 9 e 10 de novembro, tem como objetivo de promover um grande intercâmbio entre pessoas e instituições no Nordeste que visam endereçar soluções para problemas sociais e ambientaisHoje, no Brasil, mais de 1.200 empresas têm como principal finalidade das suas operações endereçar soluções para graves problemas sociais e ambientais que afetam a comunidade onde atuam. Mas não são apenas os chamados negócios de impacto que estão crescendo no País. Há todo um ecossistema ganhando fôlego no mercado. Para dar maior visibilidade para essas oportunidades e intensificar o intercâmbio entre pessoas e instituições no Nordeste que atuam com esse propósito, será realizado nos próximos dias 9 e 10 de novembro, o “Conexões de Impacto”.
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O evento, comandado pela Somos Um, será gratuito e realizado de forma virtual. A proposta é além de trazer um panorama do setor no Brasil e no mundo, é esclarecer conceitos, apresentar projetos que estão dando certo e estimular a troca de experiências entre os entes que atuam no setor.
Durante o lançamento do projeto, nesta quarta-feira, 6, a fundadora da Somos Um e organizadora do evento, Ticiana Rolim, reforçou que embora tenham crescido no Ceará e no Nordeste o número de iniciativas nesta área, ainda é preciso reforçar a conexão entre os entes. Afinal, os graves problemas sociais e ambientais do País são muito complexos para serem resolvidos sozinhos.
"Não vamos resolver nenhum deles sozinho, por melhor que seja a empresa, o poder público, a universidade. Precisamos nos unir, colocar o problema no meio e ver no que cada um pode contribuir".
A gerente executiva do Instituto de Cidadania Empresarial (ICE), Fernanda Bombardi, explica que os negócios de impacto estão dentro de um movimento global que tem olhado muito para uma nova economia, que coloca o impacto social, ambiental e a governança (ESG) no centro das decisões.
E atraído também investimentos. Ela explica que, em 2020, por exemplo, mais de R$ 785 milhões em ativos no mercado foram direcionados a apoiar negócios de impacto no Brasil. No mundo, essa cifra ultrapassou R$ 715 bilhões.
"E esse número está dobrando a cada dois anos. Não tenho dúvidas de que é a economia do presente e será a economia do futuro. E quem não estiver preocupado em gerar impacto não vai sobreviver".
Também reforça que hoje o ICE trabalha para que todo o empreendedor brasileiro que esteja comprometido em resolver algum problema social ou ambiental receba o apoio técnico e financeiro adequado em cada etapa de sua jornada. "No evento, vocês terão a oportunidade de aprofundar mais essa agenda e debater o que tem sido feito no Ceará e no Brasil dentro dessa esfera”, explicou.
A programação e as discussões a serem feitas durante o “Conexões de Impacto” pretendem compreender melhor o empreendedorismo de impacto social como opção de carreira; para gestores de instituições do terceiro setor em busca da autossustentabilidade; para empreendedores sociais já atuantes; e para lideranças empresariais formais ou informais.
“Queremos mobilizar todos esses públicos, mas estamos também atentos para trazer para perto aqueles investidores interessados em Negócios de Impacto Social e que ainda não sabem como fazer para participar desse ecossistema”, explica Bia Fiuza, gerente executiva da Somos Um.