BRF vai construir usina solar no Ceará de R$ 1,1 bilhão

A usina, em parceria com a Pontoon, terá capacidade de geração de 320MW e vai atender a demanda da própria empresa de alimentos. O empreendimento, na sua fase de construção, vai gerar 4 mil empregos no Estado

09:14 | Set. 17, 2021

Por: Irna Cavalcante
BRF vai construir um parque solar no Ceará para autoprodução de energia (foto: ELIZANDRO GIACOMINI )

A BRF, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, anunciou parceria com a Pontoon para construção de uma usina solar de 320 MWp no Ceará para autoprodução. Com investimento estimado em R$ 1,1 bilhão, a nova usina – que terá um contrato de 15 anos – vai fazer com que a empresa chegue em 2024 com 90% da demanda sendo suprida por fontes renováveis.

 

As informações são do Canal Energia. De acordo com a publicação, as obras para o parque solar, que ficará em Mauriti e Milagres ,devem iniciar em 2022 e serem concluídas em 2024. Com a ida para a autoprodução, haverá um ganho de R$ 1,7 bilhão em 15 anos.  As obras também devem gerar 4 mil novos empregos diretos no Estado. 

A produção de energia limpa, como eólica e solar, é uma das frentes prioritárias do plano da empresa em ser Net Zero até 2040, reduzindo em emissões de gases de efeito estufa (GEE). A ideia é chegar em 2030 com mais de 50% da matriz de energia elétrica proveniente de fontes limpas nas suas operações. “Isso traz um alinhamento sustentável, isso nos assegura energia para um longo prazo”, afirmou o CEO da BRF, Lourival Luz.

Em agosto, a empesa já havia anunciado um projeto eólico com a AES, além de outro em Geração Distribuída com o Banco do Brasil.

De acordo com a Pontoon, clean tech que fornece soluções para transição energética e descarbonização, a parceria vai proporcionar a economia de cerca de seis milhões de toneladas de CO2 durante o contrato. Segundo ele, o projeto é o primeiro da empresa. A Pontoon deve ter até 2024 1 GWp.

A BRF é hoje uma das maiores empresas de alimentos do mundo, com um portfólio com mais de 800 produtos, dentre estes, Sadia, Perdigão e Qualy. No Brasil, possui um centro de inovação, 35 unidades produtivas, 20 centros de distribuição